Nao fale apenas de um passado distante ou de um futuro imprescindível. Esteja comigo hoje alternando as sensações de quem ensina e de quem aprende." Ivana M. Pontes
SEJA BEM VINDO!
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Fábulas e histórias
Encontrei este site na internet - http://www.bibvirt.futuro.usp.br/sons/fabulas_e_historias - e resolvi compartilhar com vocês.Neste site é possivel ouvir historinhas como as que mencionei abaixo. Achei muito legal!
A Formiga e a pomba - (3 min.)
Dom quixote - (19 min.)
O Burro e o Grilo - (2 min.)
O Burro e o sal - (4 min.)
O Carvalho e o junco - (2 min.)
Os Dois sapos - (3 min.)
O gato de botas - (15 min.)
O Macaco e a velha - (12 min.)
Rapunzel - (12 min.)
Créditos:
Valter Junior
valter.junior@uol.com.br
Núcleo de Computação Eletrônica - Projeto DOSVOX
Universidade Federal do Rio de Janeiro
http://intervox.nce.ufrj.br/~valterjr/historia.html
LER PARA VER
A Educação para deficientes visuais
Muitos de vocês já devem ter passado por situações desagradáveis - e até mesmo constrangedoras - na escola. Muitas vezes isso acontece pela falta de conhecimento das pessoas - incluindo a maioria dos professores - que não sabem lidar com os portadores de baixa visão. Mas até onde esse constrangimento é fruto da ignorância, e quando passa a ser puro preconceito?
Os colegas de deficientes visuais - salvo raras exceções - tendem a fazer piadas, brincadeiras de péssimo gosto, etc. Os professores, às vezes por não saber como se portar, às vezes por fugir da responsabilidade - por assim dizer - tendem a deixar uma espécie de vácuo na cabeça do aluno portador de deficiência. Esse aluno, por sua vez, mesmo se esforçando nunca vai absorver o conteúdo sem uma atenção especial dada pelo professor. Mas como dar atenção especial se a turma não coopera? Na maior parte das vezes esses colegas só não ajudam com o silêncio - aliado importantíssimo do aprendizado desse aluno especial, que se guia pela voz do professor, ou da pessoa que dita para ele -, porque é um pedido do aluno. Para os colegas "pedir silêncio" é uma espécie de autoritarismo do aluno especial - o que, claro, não é verdade, já que este só pretende entender o conteúdo ministrado pelo professor...
Leia todo o Artigo acessando o
http://www.lerparaver.com/node/5854
Como Lidar com Pessoas nos Diversos Tipos de Deficiência. Dicas para quando você encontrar uma pessoa com deficiência.
Faça isso e você verá o quanto é importante e enriquecedor aprendermos a conviver com a diversidade!
Muitas pessoas não deficientes ficam confusas quando encontram uma pessoa com deficiência. Isso é natural. Todos nós podemos nos sentir desconfortáveis diante do "diferente".
Esse desconforto diminui e pode até mesmo desaparecer quando existem muitas oportunidades de convivência entre pessoas deficientes e não-deficientes.
Não faça de conta que a deficiência não existe. Se você se relacionar com uma pessoa deficiente como se ela não tivesse uma deficiência, você vai estar ignorando uma característica muito importante dela. Dessa forma, você não estará se relacionando com ela, mas com outra pessoa, uma que você inventou, que não é real.
Aceite a deficiência. Ela existe e você precisa levá-la na sua devida consideração. Não subestime as possibilidades, nem superestime as dificuldades e vice-versa.
As pessoas com deficiência têm o direito, podem e querem tomar suas próprias decisões e assumir a responsabilidade por suas escolhas.
Ter uma deficiência não faz com que uma pessoa seja melhor ou pior do que uma pessoa não deficiente. Provavelmente, por causa da deficiência, essa pessoa pode ter dificuldade para realizar algumas atividades e, por outro lado, poderá ter extrema habilidade para fazer outras coisas. Exatamente como todo mundo.
A maioria das pessoas com deficiência não se importa de responder perguntas, principalmente aquelas feitas por crianças, a respeito da sua deficiência e como ela realiza algumas tarefas. Mas, se você não tem muita intimidade com a pessoa, evite fazer muitas perguntas muito íntimas.
Quando quiser alguma informação de uma pessoa deficiente, dirija-se diretamente a ela e não a seus acompanhantes ou intérpretes.
Sempre que quiser ajudar, ofereça ajuda. Sempre espere sua oferta ser aceita, antes de ajudar. Sempre pergunte a forma mais adequada para fazê-lo. Mas não se ofenda se seu oferecimento for recusado. Pois, nem sempre, as pessoas com deficiência precisam de auxílio. Às vezes, uma determinada atividade pode ser mais bem desenvolvida sem assistência.
Leia o Artigo na íntegra acessando o http://www.bengalalegal.com/lidar.php
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Acredite: ele quer participar
A maioria dos portadores de paralisia cerebral é capaz de desenvolver habilidades e ter vida ativa. O primeiro e mais importante estímulo para eles é o apoio da família.
Estima-se que a paralisia cerebral atinja seis crianças em cada grupo de mil nascimentos no Brasil. Em 80% dos casos, é conseqüência de falta de oxigenação no cérebro do bebê provocada por complicações na hora do parto. O problema afeta o sistema nervoso central da criança e, dependendo do dano, pode levar a desordens de postura e de movimentos, distúrbios de fala, visão ou audição, crises convulsivas e também à deficiência mental. Seja qual for a seqüela, o importante é que seja diagnosticada cedo. “Nos primeiros anos, o cérebro da criança está em desenvolvimento. Por meio de estímulos, é possível conseguir que outras áreas cerebrais executem as funções das que foram lesadas. Quanto mais precoce o tratamento, menos seqüelas a criança vai ter, dependendo do grau da lesão”, explica a fisioterapeuta Ana Cláudia Lopes Diniz Coelho, presidente da Caminhar — Associação das Famílias, Pessoas e Portadores de Paralisia Cerebral.
Informação e apoio
A notícia de um filho imperfeito é sempre muito dolorida para os pais. No caso da criança com paralisia cerebral, a situação pode ser ainda mais difícil por conta da desinformação que cerca o problema. “Ao ouvir que o filho tem paralisia cerebral, normalmente os pais pensam em invalidez total. Acham que vão ter de dar tudo na mão dele, comida na boca, e que a criança viverá como um vegetal. Essa idéia dificulta a aceitação do problema e retarda o apoio familiar necessário à reabilitação do filho”, diz Ana Cláudia.
Em busca de informação, o psicanalista Jorge Márcio Pereira de Andrade, pai de duas crianças com paralisia cerebral, acabou criando o Centro de Informática e Informações sobre Paralisias Cerebrais (Defnet), com um banco de dados na internet. “É preciso entender a paralisia cerebral como um distúrbio de eficiência física. Quanto mais cedo os pais compreenderem que o filho tem capacidades a explorar e que deve ser estimulado, mais essa criança será capaz de se desenvolver”, diz Jorge.
Sou diferente
O preparo dos pais para conviver com o filho que tem paralisia cerebral é mais importante ainda quando a criança não tem deficiência mental. Porque ela perceberá, em geral a partir dos 4, 5 anos, que tem limitações, que é diferente, que não consegue brincar como todo mundo, e vai querer saber por quê. “Caberá aos pais explicar ao filho suas limitações, e a reação da criança dependerá muito de como eles conduzirem a situação. Se não estiverem preparados para isso, munidos de muita paciência, carinho e disposição para o diálogo, o filho poderá se fechar para o mundo nesse momento, ou tornar-se uma pessoa agressiva”, diz Ana Cristina.
Prevenção desde o pré-natal
- A paralisia cerebral também pode ser conseqüência de anemia grave, infecções ou doenças contagiosas contraídas pela mãe na gravidez ou pelo bebê após o nascimento. Veja o que é importante para garantir
- sua saúde e a de seu filho:
- Boa alimentação (fibras, frutas, vegetais), que evita a anemia.
- Acompanhamento médico regular na gravidez, que garante a realização de exames, vacinação e outros procedimentos.
- Uso de medicamentos apenas com orientação do médico.
- Aleitamento materno, que previne infecções e outras doenças no bebê.
- Vacinação infantil em dia.
Aceitação
Para a psicóloga Ana Cristina Rodrigues, vice-presidente do Defnet, os pais não devem tentar disfarçar seus sentimentos em relação ao problema e sim enfrentá-los. “Eles costumam se sentir culpados e com pena de si mesmos. Logo, vão ter pena do filho, o que não é bom para ajudá-lo”, diz.
Com informação e apoio especializado, os pais podem vencer esses sentimentos iniciais, preparando-se para conhecer o filho, suas limitações e necessidades. “A partir daí, conseguirão construir uma relação de afeto com a criança e educá-la como qualquer outra. Ela precisa tanto da afeição e do carinho dos pais quanto de sua orientação, corrigindo-a quando necessário. Superproteger esse filho é um erro. Ele acaba se tornando dependente e se fechando para o mundo”, explica Ana Cristina. Portadora de paralisia cerebral, a psicóloga indica esse caminho aos pais com base na própria experiência. “Não teria chegado aonde cheguei, pessoal e profissionalmente, sem o apoio de meus pais. Eles foram fundamentais para o meu desenvolvimento, em alguns casos mais do que os especialistas.”
Contato social: saudável e necessário
Vergonha, sentimento de culpa, falta de informação levam muitas famílias a esconder o filho portador de paralisia cerebral. Para combater essa postura e esclarecer as famílias, Suely Harumi Satow, 49 anos, portadora da deficiência escreveu o livro Paralisado Cerebral – Construção da Identidade na Exclusão, que está na segunda edição, pela Cabral Editora Universitária – (12) 224-7866. Ela aconselha aos pais a levar o filho a todos os eventos sociais e também a abrir a casa para a convivência com outras crianças. “O contato social é saudável e necessário para o paralisado cerebral. Se não ocorre, ele se sente incapaz e perde a auto-estima.
Fonte: Crescer
http://diganaoaerotizacaoinfantil.wordpress.com/
terça-feira, 14 de julho de 2009
Formas criativas para estimular a mente de deficientes intelectuais
De todas as experiências que surgem no caminho de quem trabalha com a inclusão, receber um aluno com deficiência intelectual parece a mais complexa. Para o surdo, os primeiros passos são dados com a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Os cegos têm o braile como ferramenta básica e, para os estudantes com limitações físicas, adaptações no ambiente e nos materiais costumam resolver os entraves do dia-a-dia.
Mas por onde começar quando a deficiência é intelectual? Melhor do que se prender a relatórios médicos, os educadores das salas de recurso e das regulares precisam entender que tais diagnósticos são uma pista para descobrir o que interessa: quais obstáculos o aluno enfrentará para aprender - e eles, para ensinar.
No geral, especialistas na área sabem que existem características comuns a todo esse público (leia a definição no quadro abaixo). São três as principais dificuldades enfrentadas por eles: falta de concentração, entraves na comunicação e na interação e menor capacidade para entender a lógica de funcionamento das línguas, por não compreender a representação escrita ou necessitar de um sistema de aprendizado diferente. "Há crianças que reproduzem qualquer palavra escrita no quadro, mas não conseguem escrever sozinhas por não associar que aquelas letras representem o que ela diz", comenta Anna Augusta Sampaio de Oliveira, professora do Departamento de Educação Especial da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp). As características de todas as outras deficiências você pode ver no especial Inclusão, de NOVA ESCOLA
A importância do foco nas explicações em sala de aula
Alunos com dificuldade de concentração precisam de espaço organizado, rotina, atividades lógicas e regras. Como a sala de aula tem muitos elementos - colegas, professor, quadro-negro, livros e materiais -, focar o raciocínio fica ainda mais difícil. Por isso, é ideal que as aulas tenham um início prático e instrumentalizado. "Não adianta insistir em falar a mesma coisa várias vezes. Não se trata de reforço. Ele precisa desenvolver a habilidade de prestar atenção com estratégias diferenciadas para, depois, entender o conteúdo", diz Maria Tereza Eglér Mantoan, doutora e docente em Psicologia Educacional da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
O ponto de partida deve ser algo que mantenha o aluno atento, como jogos de tabuleiro, quebra-cabeça, jogo da memória e imitações de sons ou movimentos do professor ou dos colegas - em Geografia, por exemplo, ele pode exercitar a mente traçando no ar com o dedo o contorno de uma planície, planalto, morro e montanha. Também é importante adequar a proposta à idade e, principalmente, aos assuntos trabalhados em classe. Nesse caso, o estudo das formas geométricas poderia vir acompanhado de uma atividade para encontrar figuras semelhantes que representem o quadrado, o retângulo e o círculo.
A meta é que, sempre que possível e mesmo com um trabalho diferente, o aluno esteja participando do grupo. A tarefa deve começar tão fácil quanto seja necessário para que ele perceba que consegue executá-la, mas sempre com algum desafio. Depois, pode-se aumentar as regras, o número de participantes e a complexidade. "A própria sequência de exercícios parecidos e agradáveis já vai ajudá-lo a aumentar de forma considerável a capacidade de se concentrar", comenta Maria Tereza, da Unicamp.
O que é a deficiência intelectual?
É a limitação em pelo menos duas das seguintes habilidades: comunicação, autocuidado, vida no lar, adaptação social, saúde e segurança, uso de recursos da comunidade, determinação, funções acadêmicas, lazer e trabalho. O termo substituiu "deficiência mental" em 2004, por recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU), para evitar confusões com "doença mental", que é um estado patológico de pessoas que têm o intelecto igual da média, mas que, por algum problema, acabam temporariamente sem usá-lo em sua capacidade plena. As causas variam e são complexas, englobando fatores genéticos, como a síndrome de Down, e ambientais, como os decorrentes de infecções e uso de drogas na gravidez, dificuldades no parto, prematuridade, meningite e traumas cranianos. Os Transtornos Globais de Desenvolvimento (TGDs), como o autismo, também costumam causar limitações. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 5% da população mundial tem alguma deficiência intelectual.
Foi o que fez a professora Marina Fazio Simão, da EMEF Professor Henrique Pegado, na capital paulista, para conseguir a atenção de Moisés de Oliveira, aluno com síndrome de Down da 3ª série. "Ele não ficava parado, assistindo à aula", lembra ela. Este ano, em um projeto sobre fábulas, os avanços começaram a aparecer. "Nós lemos para a sala e os alunos recontam a história de maneiras diferentes. No caso dele, o primeiro passo foram os desenhos. Depois, escrevi com ele o nome dos personagens e palavras-chave", relata ela.
A falta de compreensão da função da escrita como representação da linguagem é outra característica comum em quem tem deficiência intelectual. Essa imaturidade do sistema neurológico pede estratégias que servem para a criança desenvolver a capacidade de relacionar o falado com o escrito. Para ajudar, o professor deve enaltecer o uso social da língua e usar ilustrações e fichas de leitura. O objetivo delas é acostumar o estudante a relacionar imagens com textos. A elaboração de relatórios sobre o que está sendo feito também ajuda nas etapas avançadas da alfabetização.
A professora Andréia Cristina Motta Nascimento é titular da sala de recursos da EM Padre Anchieta, em Curitiba, onde atende estudantes com deficiência intelectual. Este ano, desenvolve com eles um projeto baseado na autoidentificação - forma encontrada para tornar o aprendizado mais significativo. A primeira medida foi pedir que trouxessem fotos, certidão de nascimento, registro de identidade e tudo que poderia dizer quem eram. "O material vai compor um livro sobre a vida de cada um e, enquanto se empolgam com esse objetivo, eu alcanço o meu, que é ensiná-los a escrever", argumenta a educadora.
Quem não se comunica... pode precisar de interação
Outra característica da deficiência intelectual que pode comprometer o aprendizado é a dificuldade de comunicação. A inclusão de músicas, brincadeiras orais, leituras com entonação apropriada, poemas e parlendas ajuda a desenvolver a oralidade. "Parcerias com fonoaudiólogos devem ser sempre buscadas, mas a sala de aula contribui bastante porque, além de verbalizar, eles se motivam ao ver os colegas tentando o mesmo", explica Anna, da Unesp.
Essa limitação, muitas vezes, camufla a verdadeira causa do problema: a falta de interação. Nos alunos com autismo, por exemplo, a comunicação é rara por falta de interação. É o convívio com os colegas que trará o desenvolvimento do estudante. Para integrá-lo, as dicas são dar o espaço de que ele precisa mantendo sempre um canal aberto para que busque o educador e os colegas.
Para a professora Sumaia Ferreira, da EM José de Calazans, em Belo Horizonte, esse canal com Vinicius Sander, aluno com autismo do 2º ano do Ensino Fundamental, foi feito pela música. O garoto falava poucas palavras e não se aproximava dos demais. Sumaia percebeu que o menino insistia em brincar com as capas de DVDs da sala e com um toca-CD, colocando músicas aleatoriamente. Aos poucos, viu que poderia unir o útil ao agradável, já que essas atividades aproximavam o menino voluntariamente. Como ele passou a se mostrar satisfeito quando os colegas aceitavam bem a música que escolheu, ela flexibilizou o uso do aparelho e passou a incluir músicas relacionadas ao conteúdo. "Vi que ele tem uma memória muito boa e o vocabulário dele cresceu bastante. Por meio dos sons, enturmamos o Vinicius."
Fonte:http://revistaescola.abril.com.br/inclusao/educacao-especial/formas-criativas-estimular-mente-deficientes-intelectuais-476406.shtml
A experiência de Matheus, um aluno autista, na escola
Fonte:http://revistaescola.abril.com.br/inclusao/educacao-especial/experiencia-matheus-aluno-autista-escola-482092.shtml
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Questões amplas sobre a deficiência em geral
"Inclusão é uma consciência de comunidade, uma aceitação das diferenças e uma co-resposabilização para obviar às necessidades de outros" (Stainback e Stainback, 1990). Pois "A deficiência não é simplesmente a conseqüência de uma incapacidade; é também, em parte, uma situação imposta pela sociedade. Por outro lado, a definição de deficiência varia de acordo com a cultura, as tradições e o nível de desenvolvimento do país." Leia também o texto
"Terminologia sobre deficiência na era da inclusão" de Romeu Sassaki
Quantas pessoas são portadoras de deficiência no Brasil?
Segundo dados estimados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para países em desenvolvimento em tempos de paz, 10 % da população é formada por pessoas portadoras de deficiência sendo que, dessas, 50% é portador de Deficiência Mental, 20% de Deficiência Física, 15% de Deficiência
Auditiva, 10% de Deficiência Múltipla e 5% de Deficiência Visual. Os dados mais recentes sobre a população brasileira foram colhidos no Censo do IBGE em 2000. De acordo com esse documento, existem cerca de 24,5 milhões de pessoas no Brasil, ou 14,5% da população total.
Desses, 8,3% possuem deficiência mental, 4,1% deficiência física, 22,9% deficiência motora, 48,1% deficiência visual e 16,7% deficiência auditiva.
Quais são as principais causas da ocorrência de deficiências?
Segundo estimativas publicadas no site do MEC, 30% das deficiências são causadas por doenças em geral, 20% por problemas congênitos, 20% por desnutrição, 7% por acidentes domésticos, 5,5% por acidentes de trânsito, 2,5% devido a acidentes de trabalho e15% por outras causas.
Calcula-se que só 2% das pessoas portadoras de deficiência são atendidas pelo poder público e que, com ações de prevenção, sete em cada dez casos de deficiência poderiam ser evitados. Para um conhecimento mais aprofundado desse quadro, consulte a Planilha de População Residente do censo demográfico de 1991, por Tipo de Deficiência segundo a Situação do Domicílio e os Grupos de Idade no Brasil, disponível no endereço http://www.mec.gov.br/seesp/plan9.shtm
Conheça os dados obtidos com o Censo Demográfico realizado pelo IBGE em 2000.
Quais são as principais causas de incapacidade por doença?
Segundo a OMS (1977), as principais causas de incapacidade por doença no mundo são: transtorno do humor, perda da audição, filaríase linfática, bócio, retardo mental, afecções cretinóides, transtornos esquizofrênicos, cegueira devido a catarata, demência adquirida (como nos casos de Alzheimer e Parkinson), cretinismo e poliomielite aguda.
O que é AVC?
É a sigla usada para "Acidente Vascular Cerebral". Ele é responsável pela paralisia total ou parcial do corpo, alterações da fala, da visão e da memória, devido à falta de irrigação sangüínea em um determinado território cerebral. Acomete principalmente pessoas acima dos 45 anos com quadro de diabete, pressão alta, doenças cardíacas e taxas elevadas de colesterol. A demora no diagnóstico pode agravar as consequências do problema.
O que é AVCI e AVCH?
AVCH é a sigla usada para acidente vascular cerebral hemorrágico e AVCI é a sigla usada para acidente vascular cerebral isquêmico, também conhecido como "derrame".
O que é derrame?
Tecnicamente, derrame é o termo usado para um acúmulo anormal de líquido em qualquer cavidade ou órgão (derrame pleural, derrame pericárdico, derrame cerebral).
O que é diplopia?
É uma espécie de visão dupla que caracteriza diversas deficiências como a esclerose múltipla.
O que é anemia falciforme?
A Anemia Falciforme é uma doença genética e hereditária, causada por anormalidade da hemoglobina dos glóbulos vermelhos do sangue, responsáveis pela retirada do oxigênio dos pulmões, transportando-os para os tecidos. Esses glóbulos vermelhos perdem a forma discóide, enrijecem-se e deformam-se, tomando o formato de "foice". Os glóbulos deformados, alongados, nem sempre conseguem passar através de pequenos vasos, bloqueando-os e impedindo a circulação do sangue nas áreas ao redor. Como resultado causa dano ao tecido circunvizinho e provoca dor.
O curso da doença é variável. Há doentes que apresentam problemas sérios com mais freqüência e outros têm problemas esporádicos de saúde.
Geralmente é durante a Segunda metade do primeiro ano de vida de uma criança que apareceram os primeiros sintomas da doença. Exceção é feita nos casos onde o exame de sangue para detecção da doença foi realizado já no nascimento ou no berçário. Até atingir a idade escolar é comum a doença se manifestar; é raro isso não ocorrer.
A Anemia Falciforme não deve ser confundida com o traço falciforme. Traço falciforme significa que a pessoa é tão somente portadora da doença, com vida social normal.
Traço falciforme é doença?
Estas pessoas não são doentes, o fato de possuírem traço falciforme significa que herdaram de um dos pais o gene da anemia falciforme. Como são assintomáticos, a única forma de saberem é realizando um exame de sangue chamado eletroforese da hemoglobina. Se o resultado for positivo, esta pessoa deverá receber orientação genética e o exame será estendido ao companheiro (a) e filhos. O exame é de grande importância, pois, quando duas pessoas com esta condição genética se unem elas têm possibilidades de gerar filhos com anemia falciforme, que é uma doença clinicamente grave, incurável, autolimitante e com alto índice de morbimortalidade.
Existe alguma lei que proteja os portadores de doença falciforme?
A Lei 12.352/97 institui o programa de atenção e assistência aos portadores de traço e doença falciforme no Município de São Paulo, sendo esta apresentada e sancionada em várias cidades e Estados brasileiros. Dentro destas políticas, temos como norteador o Programa Nacional de Anemia
Falciforme.
O que é malformação?
É qualquer anomalia morfológica de um órgão ou parte dele que resulte em uma perturbação do curso normal de desenvolvimento do organismo.
O que são condutas típicas?
Estas podem ser definidas como manifestações de comportamento típicas de portadores de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos, que ocasionam atrasos no desenvolvimento e prejuízos no relacionamento social, em grau que requeira atendimento educacional especializado.
Vale a pena mencionar como exemplo o autismo, que é uma síndrome definida por alterações presentes, em geral, por volta do 3º ano de vida e que se
caracteriza pela presença de desvios nas relações interpessoais, linguagem/comunicação, jogos e comportamentos.
O que é anemia?
A anemia por deficiência de ferro produz alterações no sistema nervoso central como irritabilidade e apatia, além de perturbações gastrointestinais. Existem outros dois tipos da doença que causam deficiência, a falsiforme (ou drepanocítica) e a eritroblástica, conhecida como talassemia.
O que são doenças congênitas?
São as doenças que já existem na ocasião do nascimento. Embora a maioria delas seja de origem genética, outras podem ter origem distinta, como a toxoplasmose e a sífilis congênitas, que são de natureza infecciosa, mas adquiridas durante a vida intra-uterina. Por outro lado, nem todas as doenças hereditárias são congênitas, podendo manifestar-se só na vida adulta, como acontece com a doença de Huntington, cujos sintomas surgem na terceira ou quarta década da vida.
O que são doenças genéticas ou anomalias congênitas?
Doenças genéticas são doenças causadas por genes presentes no DNA do indivíduo e não pela ação de um agente externo, como uma bactéria ou vírus. Algumas doenças genéticas ainda não têm cura, como a hemofilia, mas novas técnicas vêm sendo desenvolvidas para que a ação de bactérias auxilie na substituição dos genes defeituosos de forma a não permitir que a doença atinja as gerações posteriores.
O que são doenças perinatais?
São doenças relacionadas ao pré-natal, ao parto e aos momentos imediatamente posteriores ao nascimento da criança.
O que é lesão medular?
A lesão medular é um trauma que, dependendo do local atingido, pode levar à perda parcial ou total dos movimentos, caracterizando a paraplegia e ou a tetraplegia. A lesão pode ser completa, quando atinge a medula de forma que nenhuma mensagem passa pelos nervos, ou incompleta, caracterizada pela existência parcial ou recuperação dos movimentos e sensações. Quanto mais alta, ou seja, quanto mais próxima do pescoço for a lesão, mais movimentos se perdem.
O que é esclerose múltipla?
É uma doença neurológica inflamatória crônica que acomete mais freqüentemente adultos jovens, entre os 20 e 40 anos. É mais comum em mulheres (proporção de 2 para 1) e em indivíduos de cor branca. Acredita-se que a esclerose múltipla seja uma doença autoimune em que o próprio sistema
imunológico do organismo ataca a mielina (desmielinização) do sistema nervoso central. Embora não seja herdada diretamente, a esclerose múltipla acomete pessoas geneticamente susceptíveis, as quais são aparentemente mais reativas a determinados estímulos ou agentes.
O que é poliomielite?
A poliomielite é uma doença causada por um enterovírus, denominado poliovírus (sorotipos 1, 2 e 3). É mais comum em crianças ("paralisia infantil"), mas também ocorre em adultos (ver também síndrome do pós-polio. A transmissão do poliovírus "selvagem" pode se dar de pessoa a pessoa através de contato fecal-oral, o que acontece onde as condições sanitárias e de higiene são inadequadas.
Uma pessoa que se infecta com o poliovírus pode ou não desenvolver a doença. Quando apresenta a doença, pode desenvolver paralisia flácida (permanente ou transitória) ou, eventualmente, evoluir para o óbito. A doença não tem tratamento específico. O último caso de poliomielite paralítica no continente americano ocorreu no Peru em agosto de 1991. Em 1994, uma Comissão Internacional atestou a eliminação da transmissão do poliovírus selvagem no continente, o primeiro a eliminar a poliomielite. No Brasil, o último caso de poliomielite com o vírus selvagem ocorreu em 1989, e o país recebeu o Certificado de Eliminação da Poliomielite em 12 de dezembro de 1994, mas ainda precisamos estar atentos à síndrome do pós-pólio.
O que é síndrome pós-pólio?
A síndrome pós-pólio (SPP) desenvolve-se entre 30 a 40 anos depois da recuperação funcional da poliomielite, atingindo entre 20% e 40% daqueles que tiveram tal doença. Os sintomas mais comuns são exaustão, dores e fadiga muscular. Os pacientes verificam o declínio súbito da resistência a atividades da vida diária. A fraqueza associada à SPP ocorre, freqüentes vezes, em músculos que foram afetados pelo ataque primitivo de poliomielite. A dor é sentida em músculos e em articulações, manifestando-se como uma irritação que surge na seqüência de uma atividade ligeira, recuperando-se desta sintomatologia após o repouso.Outros sintomas, menos freqüentes, associados à SPP, incluem novas atrofias musculares, insuficiência respiratória, disartria (distúrbios na fala), disfagia (dificuldades na deglutição), cãibras, intolerância ao frio, contrações musculares e deformidades nas articulações.
O que é mielite?
Doença caracterizada pela inflamação infecciosa ou imunológica da medula espinhal, que se caracteriza pelo surgimento de déficits de força ou sensibilidade de diferentes territórios do corpo dependendo da região da medula que está comprometida. Pode causar deficiência física.
O que é mielite transversa?
Uma doença neurológica rara, apenas 1, 2 pessoas em 1 milhão são afetadas. Causada por um vírus, inflama a baía de mielina, que envolve a medula, podendo matar os neurônios e provocar até a morte caso não seja tratada a tempo. Segundo o médico Rogério Guedir, existe prevenção contra este tipo de vírus, que fica no ar. "Não há grupo de risco, nem prevenção", afirma,
também não se trata de uma doença contagiosa, mas pode causar deficiência física.
O que é síndrome da rubéola congênita?
A rubéola é uma infeção causado pelo vírus Rubivirus Rubella que é exclusivamente humano e propaga-se por via aérea. Os sintomas da doença são febre e marcas na pele.
Nos adultos (mulheres geralmente), podem ocorrer complicações como artrite, meningite, encefalite e meningoencefalite. A vacina de prevenção deve ser aplicada em crianças e em mulheres soronegativas (não infectadas). Já a rubéola congênita é causada pela transmissão do vírus por via transplacentária, geralmente no primeiro trimestre da estação. Essa síndrome foi descrita no ano de 1941 pelo oftalmologista australiano
Sir Norman Gregg. Se a rubéola materna acontecer no primeiro trimestre da gravidez, 20 a 25% das crianças serão afetadas, caindo a proporção nos meses seguintes.
Quais são as possíveis consequências da rubéola congênita?
Retardo do crescimento físico e mental, malformações cardíacas, microcefalia, encefalite, defeitos oculares (como catarata e glaucoma) ou auditivos e alterações ósseas.
O que é sarampo?
Doença viral aguda caracterizada por aparecimento de um exantema de coloração vermelho-acastanhada que se localiza na face, tronco e parte proximal das extremidades.
O período de incubação é de 7 a 15 dias e pode complicar-se com pneumonia ou raramente com encefalite. Quanto mais velho o paciente, mais grave é a manifestação da doença. Gestantes precisam de especial atenção com a doença para prevenir o nascimento de bebês portadores de deficiência.
O que é sífilis?
A sífilis é uma infecção causada pela bactéria Treponema Pallidum. Seu primeiro sintoma é um cancro duro que aparece de 12 a 30 dias depois do contágio que se dá, geralmente, através de relações sexuais. Três formas clínicas da doença já foram descritas: sífilis adquirida, não-venérea e congênita. Essa última é responsável pelo surgimento de deficiências auditivas, físicas e visuais.
O que é sífilis congênita?
A sífilis congênita ocorre em crianças em conseguência de uma infecção intra-uterina do feto. Durante a gravidez, o Treponema Palidum pode atravessar a placenta depois da vigésima semana de gestação causando malformações e natimortalidade em 25% dos casos.
As manifestações precoces da doença são surdez congênita, hidrocefalia, anomalias dentárias e ósseas, anemia hemolítica e icterícia.
O que é hidroterapia?
A Hidroterapia é uma técnica simples, barata e eficiente. Foi utilizada há milhares de anos desde as civilizações antigas da humanidade. Entretanto, foi somente a partir dos trabalhos do Monsenhor Sebastian Kneipp, no século XIX, que a Hidroterapia começou a alcançar caráter científico e tornar-se conhecida no mundo inteiro. O seu livro A MINHA CURA D'ÁGUA de 1886 foi traduzido para várias línguas e tem passado por dezenas de edições. Na Hidroterapia, a água é o instrumento principal, exerce efeitos mecânicos hidrostáticos e efeitos termoreguladores. Entretanto, a hidroterapia
aproveita principalmente dos efeitos termoreguladores, e por isso, ela no fundo, é uma termoterapia. Das centenas de aplicações hidroterápicas, a grande maioria utiliza a água fria (14 a 18ºC) por períodos curtíssimos (15 a 60s). A água fria provoca fenômenos locais e distantes. No local atingido pela baixa temperatura ocorrem vasoconstrição da pele e vasodilatação muscular. À distância, por ativação do Sistema Nervoso Autônomo, aumenta a circulação nos órgãos e diminui a freqüência cardíaca. Entretanto, o organismo reage e assim, após o estímulo frio, ocorre vasodilatação reativa, aquecimento da pele, e a freqüência cardíaca mantém-se baixa durante longo período. Tudo isto representa uma saudável reação do corpo para obter o equilíbrio das funções orgânicas. Nos métodos hidroterápicos, temos que alcançar sempre esta fase de vasodilatação reativa, de forma natural, estimulando as energias do corpo e assim obter os efeitos benéficos. A fase reativa pode ser atingida e apressada com roupas, meias e cobertores.
Para conhecer melhor o assunto, leia em http://www.unicamp.br/anuario/97/biomedicas/
P.F.de Araujo, "A Utilizacao da Hidroterapia no Trabalho com o Portador de
Deficiencia Fisica e seus Efeitos no Terapeuta", II Congresso da Sociedade
Brasileira de Atividade Motora Adaptada , 56, (1997).
Como me informar sobre telefones adaptados?
Existem aparelhos adaptados para portadores de deficiência física (usuários de cadeiras de rodas) e para deficientes auditivos. Para informações sobre o local exato em que encontram-se os aparelhos, contatar a assessoria da Telefônica (11)3549-7469, falar com Fábio Hippolyto.
O que é doença de Huntington?
A doença de Huntington é uma doença hereditária (que passa de pais para filhos).É causada pela alteração num gene e pode afetar tanto homens quanto mulheres. A doença afeta a capacidade individual de se movimentar e também as capacidades mentais e emocionais devido à deterioração das respectivas áreas dentro do sistema nervoso central no cérebro. A doença caracteriza-se
por descoordenação na marcha, na fala e alterações no olhar. Com a continuidade da doença, as pessoas têm dificuldadespara executar atividades cotidianas, como por exemplo impossibilidade de controlar os músculos, andar a pé, engolir os alimentos e perda da fala.
O que é tetania?
É uma síndrome decorrente de um quadro avançado de tétano, caracterizada por hiperexcitabilidade dos nervos e dos músculos, determinando crises de contratura muscular e cãibras, sobretudo nas extremidades dos membros. Está relacionada com distúrbios no metabolismo do cálcio e deficiência
nutricional de vitamina D. Pode ter como conseqüência deformidades musculo-esqueléticas capazes de causar uma deficiência física.
Declarações
Documentos nacionais e internacionais gerados a partir de encontros e conferências
É só clicar no link!Declaração Universal dos Direitos da Criança
Proclamado pela Assembléia das Nações Unidas - 1959
Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes
Resolução Aprovada pela Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas - 1975
Declaração de Sundberg
Conferência Mundial sobre Ações e Estratégias para Educação, Prevenção e Integração - 1981
Convenção sobre Reabilitação Profissional e Emprego de Pessoas Deficientes
Conferência Internacional do Trabalho - Convenção 159 - 1983
Declaração de Cave Hill
Adotada durante Programa Regional de Capacitação de Líderes, da Organização Mundial de Pessoas com Deficiência - 1983
Estatuto da Criança e do Adolescente
Lei nº 8.069, de 13 de julho - 1990
Resolução 45/91, da ONU
Assembléia Geral das Nações Unidas - 1990
Declaração Mundial Sobre Educação para Todos
Conferência de Jomtien - 1990
Declaração de Manágua
Documento prega sociedade baseada na eqüidade, na justiça, na igualdade e na interdependência - 1993
Declaração de Salamanca sobre Princípios, Política e Prática em Educação Especial
"Regras Padrões sobre Equalização de Oportunidades para Pessoas com Deficiências" - 1994
Declaração da Guatemala
Convenção interamericana para a eliminação de todas as formas de discriminação contra as pessoas com deficiência - 1999
Carta para o Terceiro Milênio
Carta aprovada pela Assembléia Governativa da Rehabilitation International - 1999
Declaração de Washington
Documento aprovado na Conferência de Cúpula - Perspectivas Globais sobre Vida Independente para o Próximo Milênio - 1999
Declaração de Pequim
Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência no Novo Século - 2000
Declaração de Dakar
Texto adotado pela Cúpula Mundial de Educação - 2000
Declaração Internacional de Montreal sobre inclusão
Aprovada pelo Congresso Internacional " Sociedade Inclusiva" - 2001
Declaração de Caracas
Elaborada durante a Primeira Conferência da Rede Ibero-Americana de Organizações Não-Governamentais de Pessoas com Deficiência e suas Famílias - 2002
Declaração de Sapporo
Aprovada na 6ª Assembléia Mundial da Disabled Peoples' International - 2002
Declaração de Madri
Aprovada no Congresso Europeu de Pessoas com Deficiência - 2002
Declaração de Verona
Documento foi aprovado em congresso europeu sobre o envelhecimento de pessoas com deficiência - 2002
Declaração de Quito
Documento elaborado durante o Seminário e Oficina Regional das Américas - 2003
Declaração de Tenerife
Primeiro Congresso Europeu sobre Vida Independente - 2003
Carta Mundial do Direito à Cidade
Elaborada por um conjunto de movimentos populares, ONGs, associações de profissionais, fóruns e redes nacionais e internacionais da sociedade civil comprometidos com as lutas sociais por cidades mais justas, democráticas, humanas e sustentáveis - 2004
Declaração sobre o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência
Organização Internacional do Trabalho - 2004
Declaração de Montreal sobre a Deficiência Intelectual
Conferência Internacional sobre Deficiência - 2004
Declaração de Seul
Assembléia Mundial da Disabled Peoples' International (DPI) - 2007
Links para outros documentos
Programa de Ação Mundial para as Pessoas Deficientes
Resolução 37/52 das Nações Unidas - 1982
Recomendação nº 168
Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho - 1983
Normas sobre a Equiparação de Oportunidades para pessoas com deficiência
Adotadas pela Assembléia Geral das Nações Unidas - 1993
Pacto Global
Nove princípios estabelecidos pela ONU para as empresas - 1999
Metas do Milênio
Objetivos estabelecidos pela ONU na Cúpula do Milênio - 2000
Retratos da Deficiência no Brasil
Livro do Programa Diversidade da Fundação Banco do Brasil - 2003
Mídia e Deficiência
Livro do Programa Diversidade da Fundação Banco do Brasil - 2003
Fonte:http://www.saci.org.br/?modulo=akemi¶metro=5429
Terminologia sobre deficiência na era da inclusão
Romeu Kazumi Sassaki, 2002 - Consultor de inclusão social e autor do livro Inclusão: Construindo uma Sociedade para Todos (4.ed., Rio de Janeiro: WVA, 2002)
Usar ou não usar termos técnicos corretamente não é uma mera questão semântica ou sem importância, se desejamos falar ou escrever construtivamente, numa perspectiva inclusiva, sobre qualquer assunto de cunho humano. E a terminologia correta é especialmente importante quando abordamos assuntos tradicionalmente eivados de preconceitos, estigmas e estereótipos, como é o caso das deficiências que aproximadamente 10% da população possuem.Os termos são considerados corretos em função de certos valores e conceitos vigentes em cada sociedade e em cada época. Assim, eles passam a ser incorretos quando esses valores e conceitos vão sendo substituídos por outros, o que exige o uso de outras palavras. Estas outras palavras podem já existir na língua falada e escrita, mas, neste caso, passam a ter novos significados. Ou então são construídas especificamente para designar conceitos novos. O maior problema decorrente do uso de termos incorretos reside no fato de os conceitos obsoletos, as idéias equivocadas e as informações inexatas serem inadvertidamente reforçados e perpetuados.
Este fato pode ser a causa da dificuldade ou excessiva demora com que o público leigo e os profissionais mudam seus comportamentos, raciocínios e conhecimentos em relação, por exemplo, à situação das pessoas com deficiência. O mesmo fato também pode ser responsável pela resistência contra a adoção de novos paradigmas, como vem acontecendo na mudança que vai da integração social para a inclusão social.
Trata-se, pois, de uma questão da maior importância em todos os países. Existe uma literatura consideravelmente grande em várias línguas. No Brasil, tem havido tentativas de levar ao público a terminologia correta para uso na abordagem de assuntos de deficiência a fim de que desencorajemos práticas discriminatórias e construamos uma verdadeira sociedade inclusiva.
A seguir, apresentamos várias expressões incorretas seguidas de comentários e dos equivalentes termos corretos, com o objetivo de subsidiar o trabalho de estudantes de qualquer grau do sistema educacional, pessoas com deficiência e familiares, profissionais de diversas áreas (reabilitação, educação, mídia, esportes, lazer etc.), que necessitam falar e escrever sobre assuntos de pessoas com deficiência no seu dia-a-dia. Ouvimos e/ou lemos esses termos incorretos em livros, revistas, jornais, programas de televisão e de rádio, apostilas, reuniões, palestras e aulas.
A enumeração de cada expressão incorreta servirá para direcionar o leitor de uma expressão para outra quando os comentários forem os mesmos para diferentes expressões (ou pertinentes entre si), evitando-se desta forma a repetição dos comentários. As abreviaturas significam:
FC - Frase Correta
GC - Grafia Correta
TC - Termo Correto.
1.adolescente normal
Desejando referir-se a um adolescente (uma criança ou um adulto) que não possua uma deficiência, muitas pessoas usam as expressões adolescente normal, criança normal e adulto normal. Isto acontecia muito no passado, quando a desinformação e o preconceito a respeito de pessoas com deficiência eram de tamanha magnitude que a sociedade acreditava na normalidade das pessoas sem deficiência. Esta crença fundamentava-se na idéia de que era anormal a pessoa que tivesse uma deficiência. A normalidade, em relação a pessoas, é um conceito questionável e ultrapassado. TC: adolescente (criança, adulto) sem deficiência ou, ainda, adolescente (criança, adulto) não-deficiente.
2. aleijado; defeituoso; incapacitado; inválido
Estes termos eram utilizados com freqüência até a década de 80. A partir de 1981, por influência do Ano Internacional das Pessoas Deficientes, começa-se a escrever e falar pela primeira vez a expressão pessoa deficiente. O acréscimo da palavra pessoa, passando o vocábulo deficiente para a função de adjetivo, foi uma grande novidade na época. No início, houve reações de surpresa e espanto diante da palavra pessoa: "Puxa, os deficientes são pessoas!?" Aos poucos, entrou em uso a expressão pessoa portadora de deficiência, freqüentemente reduzida para portadores de deficiência. Por volta da metade da década de 90, entrou em uso a expressão pessoas com deficiência, que permanece até os dias de hoje. Ver os itens 47 e 48.
3. "apesar de deficiente, ele é um ótimo aluno"
Na frase acima há um preconceito embutido: ‘A pessoa com deficiência não pode ser um ótimo aluno’. FC: "ele tem deficiência e é um ótimo aluno".
4. "aquela criança não é inteligente"
Todas as pessoas são inteligentes, segundo a Teoria das Inteligências Múltiplas. Até o presente, foi comprovada a existência de nove tipos de inteligência (lógico-matemática, verbal-lingüística, interpessoal, intrapessoal, musical, naturalista, corporal-cinestésica, visual-espacial e espiritual). FC: "aquela criança é menos desenvolvida na inteligência [por ex.] lógico-matemática".
5. cadeira de rodas elétrica
Trata-se de uma cadeira de rodas equipada com um motor. TC: cadeira de rodas motorizada.
6. ceguinho
O diminutivo ceguinho denota que o cego não é tido como uma pessoa completa. A rigor, diferencia-se entre deficiência visual parcial (baixa visão ou visão subnormal) e cegueira (quando a deficiência visual é total). TC: cego; pessoa cega; pessoa com deficiência visual; deficiente visual. Ver o item 59.
7. classe normal
TC: classe comum; classe regular. No futuro, quando todas as escolas se tornarem inclusivas, bastará o uso da palavra classe sem adjetivá-la. Ver os itens 25 e 51.
8. criança excepcional
TC: criança com deficiência mental. Excepcionais foi o termo utilizado nas décadas de 50, 60 e 70 para designar pessoas deficientes mentais. Com o surgimento de estudos e práticas educacionais nas décadas de 80 e 90 a respeito de altas habilidades ou talentos extraordinários, o termo excepcionais passou a referir-se tanto a pessoas com inteligências múltiplas acima da média [pessoas superdotadas ou com altas habilidades e gênios] quanto a pessoas com inteligência lógico-matemática abaixo da média [pessoas com deficiência mental] daí surgindo, respectivamente, os termos excepcionais positivos e excepcionais negativos, de raríssimo uso.
9. defeituoso físico
Defeituoso, aleijado e inválido são palavras muito antigas e eram utilizadas com freqüência até o final da década de 70. O termo deficiente, quando usado como substantivo (por ex., o deficiente físico), está caindo em desuso. TC: pessoa com deficiência física. Ver os itens 10 e 11.
10. deficiências físicas (como nome genérico englobando todos os tipos de deficiência).
TC: deficiências (como nome genérico, sem especificar o tipo, mas referindo-se a todos os tipos). Alguns profissionais, não-familiarizados com o campo da reabilitação, acreditam que as deficiências físicas são divididas em motoras, visuais, auditivas e mentais. Para eles, deficientes físicos são todas as pessoas que têm deficiência de qualquer tipo. Ver os itens 9 e 11.
11. deficientes físicos (referindo-se a pessoas com qualquer tipo de deficiência).
TC: pessoas com deficiência (sem especificar o tipo de deficiência). Ver os itens 9 e 10.
12. deficiência mental leve, moderada, severa, profunda
TC: deficiência mental (sem especificar nível de comprometimento). A nova classificação da deficiência mental, baseada no conceito publicado em 1992 pela Associação Americana de Deficiência Mental, considera a deficiência mental não mais como um traço absoluto da pessoa que a tem e sim como um atributo que interage com o seu meio ambiente físico e humano, que por sua vez deve adaptar-se às necessidades especiais dessa pessoa, provendo-lhe o apoio intermitente, limitado, extensivo ou permanente de que ela necessita para funcionar em 10 áreas de habilidades adaptativas: comunicação, autocuidado, habilidades sociais, vida familiar, uso comunitário, autonomia, saúde e segurança, funcionalidade acadêmica, lazer e trabalho. Ver os itens 35 e 50.
13. deficiente mental (referindo-se à pessoa com transtorno mental)
TC: pessoa com doença mental, pessoa com transtorno mental, paciente psiquiátrico.
14. doente mental (referindo-se à pessoa com déficit intelectual)
TC: pessoa com deficiência mental, pessoa deficiente mental. O termo deficiente, quando usado como substantivo (por ex.: o deficiente físico, o deficiente mental), tende a desaparecer, exceto em títulos de matérias jornalísticas por motivo de economia de espaço.
15. "ela é cega mas mora sozinha"
Na frase acima há um preconceito embutido: ‘Todo cego não é capaz de morar sozinho’. FC: "ela é cega e mora sozinha"
16. "ela é retardada mental mas é uma atleta excepcional"
Na frase acima há um preconceito embutido: ‘Toda pessoa com deficiência mental não tem capacidade para ser atleta’. FC: "ela tem deficiência mental e se destaca como atleta"
17. "ela é surda [ou cega] mas não é retardada mental"
A frase acima contém um preconceito: ‘Todo surdo ou cego tem retardo mental’. Retardada mental, retardamento mental e retardo mental são termos do passado. FC: "ela é surda [ou cega] e não é deficiente mental".
18. "ela foi vítima de paralisia infantil"
A poliomielite já ocorreu nesta pessoa (por ex., ‘ela teve pólio’). Enquanto a pessoa estiver viva, ela tem seqüela de poliomielite. A palavra vítima provoca sentimento de piedade. FC: "ela teve [flexão no passado] paralisia infantil" e/ou "ela tem [flexão no presente] seqüela de paralisia infantil".
19. "ela teve paralisia cerebral" (referindo-se a uma pessoa viva no presente)
A paralisa cerebral permanece com a pessoa por toda a vida. FC: "ela tem paralisia cerebral".
20. “ele atravessou a fronteira da normalidade quando sofreu um acidente de carro e ficou deficiente”
A normalidade, em relação a pessoas, é um conceito questionável. A palavra sofrer coloca a pessoa em situação de vítima e, por isso, provoca sentimentos de piedade. FC: “ele teve um acidente de carro que o deixou com uma deficiência”.
21. ”ela foi vítima da pólio”
A palavra vítima provoca sentimento de piedade. TC: pólio, poliomielite e paralisia infantil. FC: ”ela teve pólio”
22. “ele é surdo-cego”
GC: “ele é surdocego”. Também podemos dizer ou escrever: “ele tem surdocegueira”. Ver o item 55.
23. “ele manca com bengala nas axilas”
FC: “ele anda com muletas axilares”. No contexto coloquial, é correto o uso do termo muletante para se referir a uma pessoa que anda apoiada em muletas.
24. “ela sofre de paraplegia” [ou de paralisia cerebral ou de seqüela de poliomielite]
A palavra sofrer coloca a pessoa em situação de vítima e, por isso, provoca sentimentos de piedade. FC: “ela tem paraplegia” [ou paralisia cerebral ou seqüela de poliomielite].
25. escola normal
No futuro, quando todas as escolas se tornarem inclusivas, bastará o uso da palavra escola sem adjetivá-la. TC: escola comum; escola regular. Ver os itens 7 e 51.
26. “esta família carrega a cruz de ter um filho deficiente”
Nesta frase há um estigma embutido: ‘Filho deficiente é um peso morto para a família’. FC: “esta família tem um filho com deficiência”.
27. “infelizmente, meu primeiro filho é deficiente; mas o segundo é normal”
A normalidade, em relação a pessoas, é um conceito questionável, ultrapassado. E a palavra infelizmente reflete o que a mãe pensa da deficiência do primeiro filho: ‘uma coisa ruim’. FC: “tenho dois filhos: o primeiro tem deficiência e o segundo não tem”.
28. intérprete do LIBRAS
TC: intérprete da Libras (ou de Libras). GC: Libras. Libras é sigla de Língua de Sinais Brasileira. “Libras é um termo consagrado pela comunidade surda brasileira, e com o qual ela se identifica. Ele é consagrado pela tradição e é extremamente querido por ela. A manutenção deste termo indica nosso profundo respeito para com as tradições deste povo a quem desejamos ajudar e promover, tanto por razões humanitárias quanto de consciência social e cidadania. Entretanto, no índice lingüístico internacional os idiomas naturais de todos os povos do planeta recebem uma sigla de três letras como, por exemplo, ASL (American Sign Language). Então será necessário chegar a uma outra sigla. Tal preocupação ainda não parece ter chegado na esfera do Brasil”, segundo CAPOVILLA (comunicação pessoal). Ver os itens 31, 32 e 33.
29. inválido (referindo-se a uma pessoa)
A palavra inválido significa sem valor. Assim eram consideradas as pessoas com deficiência desde a Antiguidade até o final da Segunda Guerra Mundial. TC: pessoa com deficiência.
30. lepra; leproso; doente de lepra
TC: hanseníase; pessoa com hanseníase; doente de hanseníase. Prefira o termo as pessoas com hanseníase ao termo os hansenianos. A lei federal nº 9.010, de 29-3-95, proíbe a utilização da palavra lepra e seus derivados, na linguagem empregada nos documentos oficiais. Alguns dos termos derivados e suas respectivas versões oficiais são: leprologia (hansenologia), leprologista (hansenologista), leprosário ou leprocômio (hospital de dermatologia), lepra lepromatosa (hanseníase virchoviana), lepra tuberculóide (hanseníase tuberculóide), lepra dimorfa (hanseníase dimorfa), lepromina (antígeno de Mitsuda), lepra indeterminada (hanseníase indeterminada). A palavra hanseníase deve ser pronunciada com o h mudo [como em haras, haste, harpa]. Mas, pronuncia-se o nome Hansen (do médico e botânico norueguês Armauer Gerhard Hansen) com o h aspirado.
31. LIBRAS - Linguagem Brasileira de Sinais
GC: Libras. TC: Língua de Sinais Brasileira. Trata-se de uma língua e não de uma linguagem. Segundo CAPOVILLA [comunicação pessoal], “Língua de Sinais Brasileira é preferível a Língua Brasileira de Sinais por uma série imensa de razões. Uma das mais importantes é que Língua de Sinais é uma unidade, que se refere a uma modalidade lingüística quiroarticulatória-visual e não oroarticulatória-auditiva. Assim, há Língua de Sinais Brasileira. porque é a língua de sinais desenvolvida e empregada pela comunidade surda brasileira. Não existe uma Língua Brasileira, de sinais ou falada”. Ver os itens 28, 32 e 33.
32. língua dos sinais
TC: língua de sinais. Trata-se de uma língua viva e, por isso, novos sinais sempre surgirão. A quantidade total de sinais não pode ser definitiva. Ver os itens 28, 31 e 33.
33. linguagem de sinais
TC: língua de sinais. A comunicação sinalizada dos e com os surdos constitui um língua e não uma linguagem. Já a comunicação por gestos, envolvendo ou não pessoas surdas, constitui uma linguagem gestual. Uma outra aplicação do conceito de linguagem se refere ao que as posturas e atitudes humanas comunicam não-verbalmente, conhecido como a linguagem corporal. Ver os itens 28, 31 e 32.
34. Louis Braile
GC: Louis Braille. O criador do sistema de escrita e impressão para cegos foi o educador francês Louis Braille (1809-1852), que era cego. Ver os itens 52 e 53.
35. mongolóide; mongol
TC: pessoa com síndrome de Down, criança com Down, uma criança Down. As palavras mongol e mongolóide refletem o preconceito racial da comunidade científica do século 19. Em 1959, os franceses descobriram que a síndrome de Down era um acidente genético. O termo Down vem de John Langdon Down, nome do médico inglês que identificou a síndrome em 1866. “A síndrome de Down é uma das anomalias cromossômicas mais freqüentes encontradas e, apesar disso, continua envolvida em idéias errôneas... Um dos momentos mais importantes no processo de adaptação da família que tem uma criança com síndrome de Down é aquele em que o diagnóstico é comunicado aos pais, pois esse momento pode ter grande influência em sua reação posterior.” (MUSTACCHI, 2000, p. 880). Ver os itens 12 e 50.
36. mudinho
Quando se refere ao surdo, a palavra mudo não corresponde à realidade dessa pessoa. O diminutivo mudinho denota que o surdo não é tido como uma pessoa completa. TC: surdo; pessoa surda; pessoa com deficiência auditiva. Há casos de pessoas que ouvem (portanto, não são surdas) mas têm um distúrbio da fala (ou deficiência da fala) e, em decorrência disso, não falam. Ver os itens 46, 56 e 57.
37. necessidades educativas especiais
TC: necessidades educacionais especiais. A palavra educativo significa algo que educa. Ora, necessidades não educam; elas são educacionais, ou seja, concernentes à educação (SASSAKI, 1999). O termo necessidades educacionais especiais foi adotado pelo Conselho Nacional de Educação / Câmara de Educação Básica (Resolução nº 2, de 11-9-01, com base no Parecer CNE/CEB nº 17/2001, homologado pelo MEC em 15-8-01).
38. o epilético
TC: a pessoa com epilepsia, a pessoa que tem epilepsia. Evite fazer a pessoa inteira parecer deficiente.
39. o incapacitado
TC: a pessoa com deficiência. A palavra incapacitado é muito antiga e era utilizada com freqüência até a década de 80.
40. o paralisado cerebral
TC: a pessoa com paralisia cerebral. Prefira sempre destacar a pessoa em vez de fazer a pessoa inteira parecer deficiente.
41. “paralisia cerebral é uma doença”
FC: “paralisia cerebral é uma condição” Muitas pessoas confundem doença com deficiência.
42. pessoa normal
TC: pessoa sem deficiência; pessoa não-deficiente. A normalidade, em relação a pessoas, é um conceito questionável e ultrapassado.
43. pessoa presa [confinada, condenada] a uma cadeira de rodas
TC: pessoa em cadeira de rodas; pessoa que anda em cadeira de rodas; pessoa que usa cadeira de rodas. Os termos presa, confinada e condenada provocam sentimentos de piedade. No contexto coloquial, é correto o uso dos termos cadeirante e chumbado.
44. pessoas ditas deficientes
TC: pessoas com deficiência. A palavra ditas, neste caso, funciona como eufemismo para negar ou suavizar a deficiência, o que é preconceituoso.
45. pessoas ditas normais
TC: pessoas sem deficiência; pessoas não-deficientes. Neste caso, o termo ditas é utilizado para contestar a normalidade das pessoas, o que se torna redundante nos dias de hoje.
46. pessoa surda-muda
GC: pessoa surda ou, dependendo do caso, pessoa com deficiência auditiva. Quando se refere ao surdo, a palavra mudo não corresponde à realidade dessa pessoa. A rigor, diferencia-se entre deficiência auditiva parcial (quando há resíduo auditivo) e surdez (quando a deficiência auditiva é total). Ver o item 36.
47. portador de deficiência
TC: pessoa com deficiência. No Brasil, tornou-se bastante popular, acentuadamente entre 1986 e 1996, o uso do termo portador de deficiência (e suas flexões no feminino e no plural). Pessoas com deficiência vêm ponderando que elas não portam deficiência; que a deficiência que elas têm não é como coisas que às vezes portamos e às vezes não portamos (por exemplo, um documento de identidade, um guarda-chuva). O termo preferido passou a ser pessoa com deficiência. Ver os itens 2 e 48.
48. PPD’s
GC: PPDs. Não se usa apóstrofo para designar o plural de siglas. A mesma regra vale para siglas como ONGs (e não ONG’s). No Brasil, tornou-se bastante popular, acentuadamente entre 1986 e 1996, o uso do termo pessoas portadoras de deficiência. Hoje, o termo preferido passou a ser pessoas com deficiência, motivando o desuso da sigla PPDs. Ver os itens 2 e 47.
49. quadriplegia; quadriparesia
TC: tetraplegia; tetraparesia. No Brasil, o elemento morfológico tetra tornou-se mais utilizado que o quadri. Ao se referir à pessoa, prefira o termo pessoa com tetraplegia (ou tetraparesia) no lugar de o tetraplégico ou o tetraparético.
50. retardo mental, retardamento mental
TC: deficiência mental. São pejorativos os termos retardado mental, mongolóide, mongol, pessoa com retardo mental, portador de retardamento mental, portador de mongolismo etc. Ver os itens 12 e 35.
51. sala de aula normal
TC: sala de aula comum. Quando todas as escolas forem inclusivas, bastará o termo sala de aula sem adjetivá-lo. Ver os itens 7 e 25.
52. sistema inventado por Braile
GC: sistema inventado por Braille. O nome Braille (de Louis Braille, inventor do sistema de escrita e impressão para cegos) se escreve com dois l (éles). Braille nasceu em 1809 e morreu aos 43 anos de idade. Ver os itens 34, 53 e 58.
53. sistema Braille
GC: sistema braile. Conforme MARTINS (1990), grafa-se Braille somente quando se referir ao educador Louis Braille. Por ex.: ‘A casa onde Braille passou a infância (...)’. Nos demais casos, devemos grafar: [a] braile (máquina braile, relógio braile, dispositivo eletrônico braile, sistema braile, biblioteca braile etc.) ou [b] em braile (escrita em braile, cardápio em braile, placa metálica em braile, livro em braile, jornal em braile, texto em braile etc.). Ver os itens 34, 52 e 58.
54. “sofreu um acidente e ficou incapacitado”
FC: “teve um acidente e ficou deficiente”. A palavra sofrer coloca a pessoa em situação de vítima e, por isso, provoca sentimentos de piedade.
55. surdez-cegueira
GC: surdocegueira. É um dos tipos de deficiência múltipla. Ver o item 22.
56. surdinho
TC: surdo; pessoa surda; pessoa com deficiência auditiva. O diminutivo surdinho denota que o surdo não é tido como uma pessoa completa. Os próprios cegos gostam de ser chamados cegos e os surdos de surdos, embora eles não descartem os termos pessoas cegas e pessoas surdas. Ver os itens 36, 46 e 57.
57. surdo-mudo
GC: surdo; pessoa surda; pessoa com deficiência auditiva. Quando se refere ao surdo, a palavra mudo não corresponde à realidade dessa pessoa. A rigor, diferencia-se entre deficiência auditiva parcial (quando há resíduo auditivo) e surdez (quando a deficiência auditiva é total). Evite usar a expressão o deficiente auditivo. Ver os itens 36, 46 e 56.
58. texto (ou escrita, livro, jornal, cardápio, placa metálica) em Braille
TC: texto em braile; escrita em braile; livro em braile; jornal em braile; cardápio em braile; placa metálica em braile. Ver o item 53.
59. visão sub-normal
GC: visão subnormal. TC: baixa visão. É preferível baixa visão a visão subnormal. A rigor, diferencia-se entre deficiência visual parcial (baixa visão) e cegueira (quando a deficiência visual é total). Ver o item 6.
- ANTUNES, Celso. Novas maneiras de ensinar, novas formas de aprender. Porto Alegre: Artmed, 2002.
_____. A construção do afeto: Como estimular as múltiplas inteligências de seus filhos. São Paulo: Augustus, 2000, 157 p.
_____. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências. Petrópolis, 1999, 300 p.
_____. As múltiplas inteligências e seus estímulos. Campinas: Papirus, 1998, 141 p.
- CAPOVILLA, Fernando. Comunicação pessoal por e-mail. em 6 jun. 2001. Para maiores detalhes, consultar Capovilla & Raphael (2001).
- CAPOVILLA, F. C., & RAPHAEL, W. D. Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngüe da língua de sinais brasileira. São Paulo: Edusp, 2001 (dois volumes).
- CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO/CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA. Resolução n° 2, de 11-9-01.
_____. Parecer n° 17, de 3-7-01.
- GARDNER, Howard. Inteligência: Um conceito reformulado. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000, 347 p.
- GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Identificando o aluno com deficiência mental: Critérios e parâmetros. Rio de Janeiro: Coordenação de Educação Especial, s/d (c. 2001)
- MARTINS, Eduardo. Manual de redação e estilo.São Paulo: O Estado de S. Paulo, 1990, p. 313.
- MUSTACCHI, Zan. “Síndrome de Down”. In: MUSTACCHI, Zan & PERES, Sergio. Genética baseada em evidências: Síndromes e heranças. São Paulo: CID Editora, 2000.
- SASSAKI, Romeu Kazumi. Uma lição de inclusão social no filme Uma Lição de Amor. Revista Nacional de Reabilitação, São Paulo, V:25, mar./abr. 2002, pp. 4-5.
_____. Inteligências múltiplas na educação inclusiva. São Paulo, 2001 (apostila de curso)
_____. Vocabulário usado pela mídia: O certo e o errado. Recife, 2000 (apostila de curso).
_____. Inclusão: Construindo uma sociedade para todos. 3.ed. Rio de Janeiro: WVA, 1999.
_____. A educação especial e a leitura para o mundo: A mídia. Campinas, 1997 (apostila de palestra).
VOCÊ diz mongolóide ou mongol. Nós dizemos síndrome de Down. Seus amigos preferem chamá-lo de Bruno. Folheto do Projeto Down - Centro de Informação e Pesquisa da Síndrome de Down. São Paulo, s/d.
AS DEFICIÊNCIAS
"Nós não devemos deixar que as incapacidades das pessoas nos impossibilitem de reconhecer as suas habilidades." - Hallahan e Kauffman, 1994
"Às pessoas portadoras de deficiências, assiste o direito, inerente a todo a qualquer ser humano, de ser respeitado, sejam quais forem seus antecedentes, natureza e severidade de sua deficiência. Elas têm os mesmos direitos que os outros indivíduos da mesma idade, fato que implica desfrutar de vida decente, tão normal quanto possível".
Artigo 3 da Declaração dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência
O decreto 3.298, de 20 de dezembro de 1999, Portaria Nº298, de 9 de agosto de 2001, estabelece que "deficiência permanente é aquela que ocorreu e se estabilizou durante um período de tempo suficiente a não permitir recuperação ou ter probabilidade de que se altere, apesar de novos tratamentos."
Esse Decreto também define as seguintes categorias:
- Deficiência Física: "Alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física"
- Deficiência Auditiva: "Perda parcial ou total das possibilidades auditivas sonoras, variando em graus e níveis"
- Deficiência Visual: "Acuidade visual igual ou menor que 20/200 no melhor olho, após a melhor correção, campo visual inferior a 20, ou ocorrência simultânea de ambas as situações";
- Deficiência Mental: "Funcionamento intelectual geral significativamente abaixo da média, oriundo do período de desenvolvimento, concomitante com limitações associadas a duas ou mais áreas da conduta adaptativa ou da capacidade do indivíduo em responder adequadamente às demandas da sociedade";
- Deficiência Múltipla: É a associação, no mesmo indivíduo, de duas ou mais deficiências primárias (mental/visual/auditiva/física), com comprometimentos que acarretam conseqüências no seu desenvolvimento global e na sua capacidade adaptativa.
Desenvolvimento do Bebê
Como identificar os sinais que podem apontar a existência de uma deficiência na criança
Leia com atenção estas informações, você poderá observar e perceber se o seu bebê está fazendo o que é esperado em cada fase de desenvolvimento. Caso o bebê apresente dificuldades, procure o pediatra e informe o que está acontecendo, ele poderá explicar e orientar você sobre o que fazer. Importante lembrar que os comportamentos abaixo (em cada fase), representam o que a maioria dos bebês consegue fazer e que cada bebê apresenta condições diferentes de desenvolvimento. Cabe apenas ao pediatra fazer um diagnóstico.
- Récem-Nascido: Ao nascer, o bebê deita em posição fetal (corpo encolhido), mantendo as mãos fechadas. Reage ao som, a luz e ao toque. É necessário verificar os reflexos colocando-se o dedo na palma da mão ou na planta do pé do recém nascido, o qual tentará agarrá-lo com os dedos. É interessante verificar também os reflexos de Moro e Galant .
- Aos três meses: A partir dos três meses, o bebê consegue sustentar a cabeça, ficar com os braços soltos e as mãos abertas. Começa a sorrir e seguir com os olhos e a cabeça objetos e sons apresentados. Presta atenção ao que está a sua volta e já tenta pegar os objetos mostrados, apesar de não conseguir.
- Aos seis meses: O bebê já é capaz de pegar objetos que vê, combina os movimentos das mãos e olhos, passa os objetos de uma mão para outra. Se colocado de bruços (deitado de barriga para baixo), vira de lado e de barriga para cima sem ajuda. Arrasta-se de barriga para baixo. Começa a descobrir o próprio corpo (é quando leva o pé à boca). Reconhece objetos, manipulando-os e colocando-os na boca. A partir do sexto mês o bebê é capaz de ficar sentado sem apoio.
- Aos nove meses: Nesta fase, o bebê emite sons o tempo todo. Senta sem apoio. Engatinha e fica em pé com apoio.
- Aos doze meses: Ao completar um ano de vida, a criança pode andar sem ajuda. Começa a falar as primeiras palavras e entende as frases mais rotineiras, como “me dá isso”, embora surpreenda-se quando seus pedidos são recusados. Imita o que vê e mostra o que quer com o dedo. É capaz de perceber coisas que estão escondidas. Gosta de brincar de “esconder” e tentar encaixar e empilhar objetos. Já consegue comer sozinho usando as mãos e reconhecer os pais a distância.
- Aos dezoito meses: A criança anda com segurança, porém corre desajeitadamente. Quer subir, abrir e mexer em tudo o que vê. Começa controlar “xixi/cocô” e usar o piniquinho. Fala mais palavras do que no primeiro ano de vida.
- Aos vinte e quatro meses: Com dois anos, a criança corre com segurança, cria situações e histórias novas em suas brincadeiras. Gosta de rabiscar e é capaz de folhear as páginas de um livro.
Tabela de desenvolvimento
Peso (meninos e meninas) | Altura (meninos e meninas) | Perímetro Cefálico ( meninos e meninas) |
---|---|---|
nascem com ± 3Kg (até 2,5Kg pode ser normal, mas merece atenção) | nascem com 49 a 51cm de comprimento | nascem com ± 33 a 35cm |
até 6 meses aumentam de 20 a 30g por dia | aos 3 meses tem ± 58 a 60cm de comprimento | até 3 meses aumentam 2cm por mês |
até 6 meses aumentam de 20 a 30g por dia | aos 6 meses tem ± 64 a 68cm de comprimento | de 3 a 6 meses aumentam 1cm por mês |
de 6 a 12 meses aumentam 15 a 25g por dia | de 6 a 12 meses ganham 10cm a mais de comprimento | de 6 a 12 meses aumentam 0,5cm por mês |
De 12 a 24 meses ganham mais 2 a 3Kg | De 12 a 24 meses ganham mais 10cm de comprimento | De 12 a 24 meses aumentam mais 2cm |
Fonte: VERSÃO DMR (PARALISIA CEREBRAL) PARA O Folder elaborado pela APABEX (Associação de Pais Banespianos de Excepcionais), APABB (Associação de Pais e Amigos de Pessoas Portadoras de Funcionários do Banco do Brasil) e AME (Amigos Metroviários dos Excepcionais).
A ausência de certos comportamentos nas idades em que eles deveriam estar presentes, ou sua persistência quando eles não deveriam mais existir, pode indicar problemas no desenvolvimento do bebê. Esses problemas não apontam necessariamente a presença de uma deficiência, mas devem ser comunicados ao pediatra o mais rápido possível.
Prevenção da ocorrência de deficiências
O que é possível fazer para prevenir a ocorrência de deficiências
Antes de engravidar:
- Vacine-se contra a rubéola. Na gravidez ela afeta o bebê em formação, causando malformações, como cegueira, deficiência auditiva, etc).
Durante a gravidez:
- Consulte um médico obstetra mensalmente.
- Faça exames de controle
- Só tome os remédios que o médico lhe receitar.
- Faça controle de pressão alta, diabetes e infecções.
- Faça uma alimentação saudável e balanceada.
- Não se exponha ao raio X ou outros tipos de radiação.
- Evite o cigarro e as bebidas alcoólicas.
- Evite contato com portadores de doenças infecciosas.
Depois do nascimento:
- Exija que sejam feitos testes preventivos em seu bebê, como o APGAR por exemplo.
- Tenha cuidados adequados com o bebê, proporcionando amparo afetivo e ambiente propício para seu desenvolvimento.
O que é teste de Apgar?
http://www.drmundi.com.br/artigo.cfm?id_comunidade=2&id_artigo=85Esse teste, desenvolvido pela Dra. Virginia Apgar, uma anestesiologista que o desenvolveu em 1952, pode predizer melhor a sobrevivência de um bebê do que o novo teste de alta tecnologia feito no sangue do cordão umbilical.
O Apgar se baseia em observações feitas no primeiro minuto de vida e é repetido aos 5 minutos. É preciso olhar a freqüência cardíaca, esforço respiratório, tônus muscular, reação motora e cor, que indica a quantidade de oxigênio que atinge a pele. Cada um recebe uma nota que varia de 0 a 2. Um total de 7 ou mais indica uma condição excelente. Um total de 3 ou menos indica problemas graves e alto risco de óbito.Que exames médicos ajudam a detectar a ocorrência de deficiências?
No Estado de São Paulo, existem leis que tornam obrigatória a realização de exames para detectar a fenilcetonúria e o hipotireoidismo congênito, a credetização ( limpeza dos olhos ao nascimento ) e a vacinação (contra meningite, poliomielite e sarampo.Em todo o Brasil, deve ser exijido do hospital o exame do pézinho, e o teste do APGAR .
O vírus da rubéola é outro dos responsáveis pelo surgimento de deficiências visuais e auditivas durante a formação dos bebês no útero materno. Por isso é importante que toda mulher entre 15 e 29 anos vacine-se.Outros exames laboratoriais necessários para a mãe são os de urina e fezes, o da toxoplasmose e o da sífilis.
Para obter referências completas sobre vacinas importantes no primeiro ano de vida do bebê, vejahttp://www.glauciaturdo.hpg.ig.com.br/vacina/Vacinas.html
Como evitar uma gravidez de risco?
http://encontro.virtualave.net/consprev.htmDiversos exames ajudam a prevenir a gravidez de risco, entre eles o hemograma (exame de sangue), a glicemia, a reação sorológica para sífilis, o teste de HIV (AIDS), tipagem sangüínea, urina, toxoplasmose, hepatite e fezes.
Esses exames permitem constatações importantes já que a rubéola, por exemplo, se adquirida durante o primeiro trimestre de gravidez, pode provocar má formação fetal, abortamento, deficiência visual e auditiva, microcefalia e deficiência mental. O mesmo pode acontecer no caso da mãe ter contraído sífilis e toxoplasmose.Durante a gestação, o médico que acompanha a gestante pode se utilizar de outros exames disponíveis, como a ultra-sonografia. O histórico da gestante pode indicar uma gravidez de risco se houver casos de deficiência na família, gravidez anterior problemática e idade avançada ou precoce da mãe. Nestes casos, o casal deve procurar um serviço de estudo cromossômico para conhecer as probabilidades de possíveis anomalias no feto.
Atualmente, alguns exames ajudam a detectar a ocorrência de alterações no desenvolvimento fetal. Dentre eles, citamos o do vilo corial, a amniocentese, a cordocentese, a ecocardiografia fetal e o doppler.São exames que permitem ao médico diagnosticar se o bebê é portador de Síndrome de Down, anomalias cromossômicas, doenças infecciosas, problemas cardíacos ou alterações da circulação sangüínea.
Como prevenir acidentes que possam acarretar deficiências ?
http://www.terravista.pt/enseada/2321/OMS.htmlAs principais causas da deficiência no Brasil são a má nutrição de mães e filhos, as infeções, os acidentes de trânsito, os acidentes de trabalho, as anomalias congênitas e a violência. Os acidentes de trânsito ocorrem na maior parte com pessoas na faixa etária entre 20 e 35 anos. Outros tipos de acidentes também causam deficiências. Entre eles estão a queda de altura e os ferimentos por arma de fogo e arma branca.
A deficiência mental, é ao contrário do que se possa pensar, fruto do meio social que vivemos, 60% dos casos ocorrem devido a causas ambientais, enquanto que apenas 40% se devem a distúrbios genéticos hereditários. Não se tem muitos dados sobre a deficiência auditiva, sabe-se que as principais causam são: as infeções e as doenças trabalho. Com relação a deficiência visual, os dados também são incompletos, sabendo-se que as principais causas são: as infeções e os distúrbios vasculares. No Brasil, surgem 17.000 novos casos de paralisia cerebral ao ano, responsável por deficiências motoras e múltiplas.O que é aconselhamento genético?
É o fornecimento de informações a indivíduos afetados ou familiares sobre risco de um distúrbio que pode ser genético, acerca das conseqüências dos distúrbios, da probabilidade de desenvolvê-lo ou transmiti-lo, e dos modos pelos quais ele pode ser prevenido ou atenuado.Deficiência: verdades e mitos
A luta por uma sociedade inclusiva passa pela derrubada de mitos, preconceitos e inverdades que ainda permeiam a questão da deficiência
Verdades
- Deficiência não é doença;
- Algumas crianças portadoras de deficiências podem necessitar escolas especiais;
- As adaptações são recursos necessários para facilitar a integração dos educandos com necessidades especiais nas escolas;
- Síndromes de origem genética não são contagiosas;
- Deficiente mental não é louco.
- Todo surdo é mudo;
- Todo cego tem tendência à música;
- Deficiência é sempre fruto de herança familiar;
- Existem remédios milagrosos que curam as deficiências;
- As pessoas com necessidades especiais são eternas crianças;
- Todo deficiente mental é dependente.
Quando você encontrar uma pessoa com deficiência
Segundo o CEDIPOD - Centro de Documentação e Informação do Portador de Deficiência e a CORDE - Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, existem algumas dicas de comportamento.- Muitas pessoas não deficientes ficam confusas quando encontram uma pessoa com deficiência. Isso é natural. Todos nós podemos nos sentir desconfortáveis diante do "diferente".
- Esse desconforto diminui e até desaparece quando há convivência entre pessoas deficientes e não deficientes.
- Não faça de conta que a deficiência não existe. Se você se relacionar com uma pessoa deficiente como se ela não tivesse uma deficiência, você vai estar ignorando uma característica muito importante dela. Dessa forma, você não estará se relacionando com ela, mas com outra pessoa, uma que você inventou, que não é real.
- Aceite a deficiência. Ela existe e você precisa levá-la na sua devida consideração.
- Não subestime as possibilidades, nem superestime as dificuldades e vice-versa.
- As pessoas com deficiência têm o direito, podem e querem tomar suas próprias decisões e assumir a responsabilidade por suas escolhas.
- Ter uma deficiência não faz com que uma pessoa seja melhor ou pior do que uma pessoa não deficiente.
- Provavelmente, por causa da deficiência, essa pessoa pode ter dificuldade para realizar algumas atividades e, por outro lado, poderá ter extrema habilidade para fazer outras coisas. Exatamente como todo mundo.
- A maioria das pessoas com deficiência não se importa de responder perguntas, principalmente aquelas feitas por crianças, a respeito da sua deficiência e como ela transforma a realização de algumas tarefas. Mas, se você não tem muita intimidade com a pessoa, evite fazer perguntas íntimas.
- Quando quiser alguma informação de uma pessoa deficiente, dirija-se diretamente a ela e não a seus acompanhantes ou intérpretes.
- Sempre que quiser ajudar, ofereça ajuda. Espere sua oferta ser aceita, antes de ajudar. Pergunte a forma mais adequada para fazê-lo.
- Mas não se ofenda se seu oferecimento for recusado, pois nem sempre as pessoas com deficiência precisam de auxílio. Às vezes, uma determinada atividade pode ser melhor desenvolvida sem assistência.
- Se você não se sentir confortável ou seguro para fazer alguma coisa solicitada por uma pessoa deficiente, sinta-se livre para recusar. Neste caso, seria conveniente procurar outra pessoa que possa ajudar.
- As pessoas com deficiência são pessoas como você. Têm os mesmos direitos, os mesmos sentimentos, os mesmos receios, os mesmos sonhos.
- Você não deve ter receio de fazer ou dizer alguma coisa errada. Aja com naturalidade e tudo vai dar certo.
- Se ocorrer alguma situação embaraçosa, uma boa dose de delicadeza, sinceridade e bom humor nunca falha.
Manter-se informado e consciente de seus direitos é um passo importante para o exercício da cidadania plena
De acordo com o Decreto Federal 3.298 de 20 de dezembro de 1999 , incapacidade é uma "redução efetiva e acentuada da capacidade de integração social, com necessidades de equipamentos, adaptações, meios ou recursos especiais para que as pessoas com deficiência possam receber ou transmitir informações necessárias ao seu bem estar social e ao desempenho de função ou atividade a ser exercida".
- Órgãos oficiais que tratam da questão da deficiência - Legislação específica
- Conselhos de Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência e Serviços públicos
- Perguntas mais frequentes sobre os direitos dos portadores de deficiência
- Sites selecionados sobre Direitos Humanos
- Conheça o papel do Ministério Público
- Eleições - Informações sobre os direitos do eleitor
Órgãos oficiais que tratam da questão da deficiência
Por todo o Brasil, existem Conselhos estaduais e municipais que zelam pelo Direito das Pessoa Portadora de Deficiência. Uma lista com o endereço e telefone de contato dessas entidades pode ser encontrada abaixo. Existem ainda grupos de advogados do ministério público especialmente focados em questões relativas aos portadores de deficiência. Para solicitações relativas à área educacional, podem ser consultadas as Secretaria de Educação Especial do MEC ou, nos Estados que não possuem esse órgão, os dirigentes de educação especial Os dados foram coletados pela equipe de atendimento da Rede SACI em março de 2002.
CEAPPD é o conselho estadual para assuntos da pessoa portadora de deficiência, que acompanha, avalia e propõe políticas públicas, promovendo a divulgação dos estudos técnicos na administração pública estadual. Faz campanhas de conscientização e sensibilização em parceria com órgãos da sociedade civil ou estaduais e também presta apoio, orientação e estímulo à criação de Conselhos Municipais. É possível entrar em contato com o conselho no endereço Rua Antônio de Godoy, nº 122 - 5º andar - Sta. Ifigênia Cep 01034-000 - SÃO PAULO ou através do telefone (11) 3337-7862, fax 220-2276 ou ceappd@ig.com.br
O CONADE , Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência, foi criado pela medida provisória n. 1799-6, de 10 de julho de 1999, no âmbito do Ministério Público. Seu objetivo principal é fazer o acompanhamento e a avaliação da Política Nacional da Pessoa Portadora de Deficiência e das políticas setoriais de educação, saúde, transporte, cultura, desporto, lazer e política urbana, no que dizem respeito à pessoa portadora de deficiência.
A CORDEé um órgão da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos, do Ministério da Justiça, responsável pela gestão de políticas voltadas para a integração da pessoa portadora de deficiência. A LEI N. 7.853 DE 24 DE OUTUBRO DE 1989 dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social e sobre a Coordenadoria Nacional para integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE), além de instituir a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplinar a atuação do Ministério Público, definir crimes, e dar outras providências.
A CORDE é a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência fica na Esplanada dos Ministérios, Bloco T - Anexo II - 2º Andar - Sala 206, em Brasília - DF
Cep 70.064-900
Tel. (0xx61) 226-0501 / 429-3684
Fax (0xx61) 225-0440
corde@mj.gov.br
http://www.mj.gov.br/sedh/dpdh/corde/
O SICORDE é o sistema nacional de informações sobre deficiência da CORDE, criado com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD/ONU e da Agência Brasileira de Cooperação - ABC, Ministério das Relações Exteriores. Seu objetivo é desenvolver bases de dados (Infobases) através da Internet, telefone, fax e cartas para disponibilizar as informações para pessoas físicas e organizações, governamentais e não- governamentais, nacionais ou estrangeiras. O SICORDE pode ser acessado através do site do Ministério da Justiça
Além de responder à proposta de ação governamental do Programa Nacional de Direitos Humanos, que recomenda a criação de sistemas de informações na forma de Base de Dados concernentes a pessoas portadoras de deficiência, o SICORDE vem resgatar compromissos assumidos pela CORDE, em 1993, em nome do Governo Brasileiro, com a Rede Iberoamericana de Cooperación Técnica para el Desarollo de Políticas de Atención a Personas Mayores y Personas com Discapacidad.
O SICORDE assume, após o Decreto nº 3.298/99, Capítulo X, Art. 55, o papel catalizador e disseminador de informações sobre políticas e ações na área da deficiência. Conheça os órgãos que disponibilizam essas informações em cada um dos estados.
A CPA é a Comissão Permanente de Acessibilidade de São Paulo, que tem sua composição instituída pelo Decreto Municipal nº 39.651, sendo diretamente subordinada à Secretaria da Habitação do município de São Paulo. Para ler o texto do decreto, acesse o http://sampa3.prodam.sp.gov.br/
Página de legislação e Direitos Humanos do governo de Porto Alegre - http://www.portoalegre.rs.gov.br/
Site da Secretaria de Assistência Social - http://www.mpas.gov.br/
Site do Senado para a consulta de projetos de lei, resoluções e demais documentos jurídicos http://wwwt.senado.gov.br/
Texto sobre a inclusão dos portadores de deficiência e o Ministério Público http://www.saci.org.br/noticia.php?id=1473
Serviços para as pessoas com deficiência
Rio Grande do Sul
Porto Alegre- Kapra Medical - Divisão América do Sul
- Rua Butuí, 144/302. Cristal
Tel. (51) 3241-8144 / 3242-1556
http://www.kapra.com.br
kapra@kapra.com.br
cadeiras de rodas; tricicliclos e afins; triciclos e afins; cadeiras de rodas - B & T Tecnologia Assistiva Ltda.
- Rua Coronel Bordini, 1237/ 701.
Tel. (51) 381-8133 / 381-8088
clik@clik.com.br
recursos para comunicação suplementar
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- Ortobras
- Rua Düren, 298.
Tel. (51) 656-1222 / 656-1220
http://www.ortobrasfabrica.com.br
ortobras@zaz.com.br
cadeiras de rodas
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- Candiota - Importação e Exportação
- Rua 15 de Novembro, 771/303.
Tel. (53) 227-0024 / 227-0024
http://www.candiota-imp-exp.com.br
cadeiras de rodas; triciclos e afins - Esteves & Salvador
- Rua Bento Martins, 260.
Tel. (53) 2786622
contato@freedom.ind.br
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