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terça-feira, 30 de março de 2010

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Inclusão tem tudo a ver com mudança!

Maria Amélia Vampré Xavier

Tivemos um primeiro contato com o trabalho de Marsha Forest e Jack Pierpoint, pesquisadores canadenses da inclusão, há alguns anos quando fazíamos parte da APAE de São Paulo, de cuja organização fomos uma das fundadoras, juntamente com o marido e um grupo de pais de crianças pequenas com deficiência intelectual.

Achamos logo o texto ótimo, fizemos a respectiva tradução mas, como acontece com tanta coisa boa, o acúmulo constante de trabalho fez com que perdêssemos a tradução.

Vamos refazê-la, diz-se com sabedoria que devemos estimular e reestimular o cérebro diariamente como forma de nos mantermos realmente vivos e não simplesmente respirando como outros seres.

“É acerca de mudanças! Inclusão significa mudança.” Acreditamos que tanto a inclusão como a mudança são inevitáveis. Se escolhemos crescer com, e através dessas mudanças, é uma escolha nossa. Tem sido esclarecedor termos participado de centenas de reuniões emocionais acerca de "inclusão", quando é claro como o cristal depois de apenas alguns minutos que inclusão é somente, nominalmente, o tópico. O tópico verdadeiro (raramente declarado) é Medo de Mudança!

Muitas pessoas em serviços de educação e serviços humanos têm medo de perder o emprego. Têm medo de responsabilidades novas. Têm medo do que não compreendem. Têm medo de ser responsabilizados. As palavras que dizem são: "Mas nós não temos dinheiro suficiente! Mas não recebemos treinamento para cuidar daqueles! Mas não escolhi educação especial! Mas não tenho conhecimento de currículo especial e não tenho tempo de criar um programa especial para "eles".

As outras crianças vão sofrer! Todos reconhecemos essas frases.

Escute mais atentamente. A maioria dos "se” são acerca de "mim." "eu". As dúvidas relativas a dificuldades para as outras crianças refletem tanto a ignorância de virtualmente tudo o que sabemos (durante séculos) sobre aprendizado cooperativo e ensino dado pelos coleguinhas e muito freqüentemente são um disfarce para esconder: "Não quero me arriscar a perder o controle." "Tenho medo de que as pessoas possam ficar sabendo que não conheço tudo! Não quero fazer isto. "Tenho Medo! Esta é a frase chave debaixo de toda a resistência e lamúria.

Porém, para muitos existem medos mais profundos que precisam vir à superfície com grande delicadeza. As pessoas têm medo de terem de "ficar face a face" com sua própria mortalidade, com imperfeição. As pessoas têm medo de "pegar isso." Esses medos, profundamente arraigados, são produto de nossa cultura.

Não é culpa de pessoas (professores e trabalhadores em serviços humanos) que estejam com medo. Todos fomos ensinados a "colocá-los longe de nossa vista" e como cidadãos e contribuintes da Receita fizemos isso mesmo. Porém, agora sabemos que "colocar pessoas longe de nós" é uma decisão que fica a um só passo do extermínio. O filme "A Lista de Schindler" nos lembra de que a segregação em qualquer gueto é uma ameaça à vida.

A resposta é que devemos Enfrentar o Medo e Fazer. Isso Mesmo, isto é, incluir todo mundo. Isso será desconfortável – até mesmo aterrador durante alguns momentos, mas medos passam.

Quando enfrentamos nossos medos e vamos para frente apesar deles, eles imediatamente diminuem e entram na perspectiva. Mantivemos conversas com centenas de "Sobreviventes da Inclusão" - professores e trabalhadores em serviços humanos que estavam petrificados.

Agüentaram algumas semanas de "Terapia do Tylenol" e aí, como se fosse por um passe de mágica, o terror passou. Ao entrevistar pessoas acerca daquele período, existe um padrão avassalador.

Cada pessoa isoladamente lembra ter estado aterrorizada. Ninguém podia lembrar do que tinham medo, só de que tinham medo – e isso passou. Isso geralmente leva seis semanas, que é o padrão geral para que qualquer situação de crise retorne ao normal. Existem lições que se pode aprender. Com muita freqüência dizemos às pessoas que têm de enfrentar mudanças: "Não se preocupe. Não tenha medo!". Isto é bobagem! Inclusão é acerca de mudança. Mudança é coisa aterradora – para todos nós. Nossos corpos são desenhados para buscar "homeostasis" – equilíbrio.

Mudanças nos afligem. Isso mete medo. Isso é imprevisível. Mas uma vez que a questão é uma questão de sobrevivência – acerca dos Direitos Humanos de pessoas – temos de fazê-lo de qualquer maneira. Não temos o direito de excluir ninguém. Nossos medos são simplesmente um obstáculo a ser superado.

Eles não podem e não devem ser uma razão para negar a qualquer pessoa seus direitos. Um segundo aprendizado é que as pessoas necessitam apoio para atravessar o período de mudança da crise. Os fatos fascinantes são, não obstante, que isto tem muito pouco a ver com orçamentos. O ingrediente chave no apoio efetivo à mudança são relacionamentos apoiadores. O de que precisamos é "praticar bondade indefinidamente e de atos de beleza desprovidos de sentido” uma palavra amável – um gesto de apoio e compreensão.

É saber que alguém estará lá quando você precisar dela. Recentemente, a Federação de Professores dos Estados Unidos lançou um ataque sobre a inclusão – um assalto trágico e desorientado. Eles identificaram o apoio como sendo essencial para conseguir inclusão efetiva e acham práticas de "(dumping)" isto é, colocar coisas de lado e esquecer delas como inaceitáveis.

Concordamos inteiramente. Porém o inimigo da falta de apoio nas escolas, no treinamento e ainda além não são crianças inocentes ou a questão da inclusão. Os vilões são os formuladores de políticas que não têm rosto que continuam a golpear as estruturas de apoio que tornam possível e encorajam professores e outras pessoas a dar o passo a mais que precisa ser dado. Se alguns educadores não conseguem aceitar que todo mundo deva ser incluído, pode ser que tenha chegado a hora deles procurarem outros empregos.

É completamente legítimo que se forneça segurança no emprego – mas não segurança contra mudança. Pessoas que não podem apoiar direitos para todos têm o direito de ter suas próprias opiniões mas não o direito de impedir os direitos de outros cidadãos.

Concluímos que a Inclusão e pura e simplesmente acerca de MUDANÇA. É assustador – e excitante. As recompensas são muitas. Será e é mesmo difícil e freqüentemente um trabalho emocional desgastante. Erik Olesen em seu livro "12 Passos para Dominar os Ventos da Mudança” diz, "os medíocres resistem à mudança, os bem sucedidos a abraçam".

Devemos lutar para que a inclusão seja um sucesso e assim abraçar a mudança com nossos corações e nossas almas. Devemos construir equipes fortes que apóiem uma à outra.

Devemos parar de desperdiçar nosso tempo preocupando-nos acerca das "crianças" quando o que precisamos desenvolver são equipes de desenho criativo que enfrentem cada problema com o mesmo espírito encontrado no setor corporativo.

Vamos tomar emprestadas as frases de pessoas que vendem hamburgers, sapatos de corrida e quartos de hotel – seus slogans:
FAÇA o que é preciso! SIMPLESMENTE FAÇA! e SIM, PODEMOS!

Essas são mensagens que podemos adotar para nosso próprio trabalho! Finalmente, gostamos de recordar que "Um mal feito a alguém é um mal feito a todos!" e no caso da inclusão, "O benefício feito a um será o benefício de todos!"

Extraído de texto de autoria de dois grandes defensores da Educação Inclusiva e do conceito de inclusão: MARSHA FOREST e JACK PEARPOINT do Canadá, recebido de Marta Almeida Gil, São Paulo.

FONTE:http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1289 ACESSADO EM 30/03/2010

Quando as palavras ferem

John Franklin Stephens, atleta das Olimpíadas Especiais, de 26 anos, que tem Síndrome de Down, escreve que curte a sua vida e seu trabalho e explica porque ele fica magoado como termo "retardado".

Stephens conta que passou vários dias contando a seu pai sobre o que ele queria falar, e que eles trabalharam sobre o assunto até que o artigo dissesse exatamente o que John queria dizer.

O que há de errado com a palavra "retardado"?
Só posso dizer o que isso significa para mim e para pessoas como eu quando ouvimos essa palavra. Ela significa que vocês estão nos excluindo de seu grupo. Que nós somos algo que não é igual a vocês e algo que nenhum de vocês jamais gostaria de ser. Que nós somos algo de fora do grupo que está "por dentro". Que somos alguém de um tipo diferente do seu.

Quero que saibam que me magoa ser deixado de fora – sozinho. Nada me assusta tanto como me sentir completamente só em um mundo que se move tão mais rapidamente que eu. Você não tem a intenção de me fazer sentir assim. Na verdade, como digo em algumas das minhas palestras, "Sempre dependi da bondade de estranhos", e isso funciona bem na maior parte do tempo.

Ainda assim, me magoa e me assusta quando sou a única pessoa com deficiência intelectual no ônibus e jovens começam a fazer piadas e referências a "retardado". Imagine-se, por favor, nesse ônibus e encha o ônibus com pessoas diferentes de você. Imagine que eles comecem a fazer piadas usando o termo que lhe descreve. Isso magoa e é assustador.

Finalmente, eu entendo a piada – a ironia – que somente pessoas "bobas" e "superficiais" estão usando um termo que significa "bobo" e "superficial". O problema é que só é engraçado se você pensa que um "retardado" é alguém "bobo" e "superficial". Eu não sou nenhuma nem outra coisa, mas toda vez que o termo é usado, a mensagem para os jovens é que tudo bem pensar que eu sou assim e tudo bem me manter fora do grupo. É por isso que usar a palavra "retardado" é um grande problema para pessoas como eu.

fonte:http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1336 acessado em 30/03/2010

O Patinho feio



A D. Patiana chocou todos os seus ovos com o mesmo calor e por isso esperava todos os seus patinhos lindos e espertos. Mas um deles, ao qual chamou Patusco, não correspondia ao seu imaginário: era estranho, de cabeça achatada e uns olhos esbugalhados.

Quando mostrou os filhitos ao pai, o Sr. Patolino ficou muito desconfiado com a aparição daquele filho tão diferente. Disse à companheira que talvez ela tivesse dado uma escapadela com um pato turista. A D. Patiana ficou ofendida, era só o que lhe faltava, nascia-lhe um filho tão esquisito e ainda tinha que aguentar acusações. Pôs-se então a pensar se não teria havido alguma troca de uma das suas vizinhas de choco.

Quando percebeu que não conseguiria comprovar essa suspeita, começou a pensar que uma das patas que invejavam o seu companheiro talvez pudesse ter-lhe lançado uma maldição. E, mais uma vez, nada podia comprová-lo. Seria então algum castigo do Deus Patão por ela ter sido tão vaidosa? Ou seria um defeito genético passado de gerações anteriores e que agora se manifestava? Por mais que quisesse alguém ou alguma coisa a que atribuir as culpas, nada conseguia. Portanto, havia que assumir que era seu filho e cuidá-lo como aos outros. Mas custou-lhe muito. Chorou rios de lágrimas, sentiu-se traída pelo destino. Vendo o seu sofrimento, o Sr. Patolino concluiu que, em vez de passar a vida a discutir com a companheira, tinha era de estar do lado dela e decidirem juntos o que fazer para educar o Patusco.

Começaram por procurar a opinião do Dr. Patologista, que lhes comunicou que o Patusco tinha sofrido alterações no cromossoma 21, chamando-se a este problema “Síndrome de Down”. O que havia a fazer era estimulá-lo muito, ter mais paciência com os seus progressos e dar-lhe mimos, como a qualquer outro filho.

Assim apresentado o problema, aos pais não parecia tão difícil a situação. Porém, sofriam bastante quando saíam todos a passear e tinham de parar a cada instante para ouvir comentários de outros membros da sua comunidade: “oh, coitadinho deste patinho... que lhe sucedeu?”. Ou então: “ontem na rádio Patadas estavam a publicitar uma cura milagrosa na Patolândia! Não deveriam ir já lá?”. E ainda: “Não vamos deixar os nossos filhos brincar com esse pato esquisito... isso pode traumatizá-los!”. Por seu lado, os irmãos e familiares do Patusco andavam confusos e dividiam-se: uns tinham vergonha daquele parente, outros queriam fazer tudo por ele, até sufocá-lo de tantas atenções, mas também havia os que brincavam com ele, ajudavam quando era preciso e consideravam-no apenas mais um entre eles.

Apesar de demorar mais do que os irmãos a começar a andar e a grasnar, o Patusco ia progredindo no seu desenvolvimento. No entanto, devido à forma como muitas vezes era tratado, sentia-se demasiado diferente e andava cabisbaixo e solitário.

Chegou, então, a altura de ir para a escola. A D. Patiana foi apresentá-lo à professora, D. Patonga, que olhou para ele com um misto de curiosidade e apreensão, dizendo: “mas eu não posso aceitar esse patinho para a minha escola! É que eu não sei o que fazer com ele, nunca tive um aluno assim!”. Ao que a D. Patiana respondeu: “sabe, eu também nunca tinha tido um filho assim! Ninguém me preparou para isto, mas tenho aprendido!”. Perante estas palavras, a D. Patonga ficou sem argumentos e, balbuciando, disse que iria tentar e ver o que conseguia.

Logo que se comprometeu a incluir o Patusco na sua escola, a D. Patonga mantinha os mesmos objectivos para ele, mas experimentava várias estratégias, inventava actividades para todos participarem, chamava os pais para conversar. O Patusco tinha muitas dificuldades em aprender, por isso tinham de deixar que ele fosse até onde conseguia ir.

Entretanto, a mãe de um dos colegas falou à D. Patiana de uma sua vizinha que tinha uma filha com problemas parecidos aos do Patusco, mas que não ia à escola e era muito protegida. A D. Patiana foi conversar com a mãe, a D. Patelma. Esta, apesar de ter começado por perguntar para que serviria mandar a sua filha Patufa para a escola, acabou por se convencer que seria melhor enviá-la, para que se desenvolvesse junto com os outros.

Um dia, a D. Patonga chamou à escola outro professor que sabia bastante sobre a tal Síndrome de Down, podia falar-lhes sobre o assunto e ajudá-los nalgumas aprendizagens mais específicas. Foi assim que o Sr. Patosé conheceu aqueles pais e os pôs em contacto com outros que tinham filhos com o mesmo problema. Eles ficaram satisfeitos por perceberem que afinal havia outros nas mesmas circunstâncias, com quem podiam aprender como resolver algumas dificuldades. Organizaram vários encontros para conversarem sobre as suas dúvidas e, num deles, apareceram os pais de um colega de classe do Patusco que não aparentava qualquer dificuldade. Curiosos, perguntaram-lhes o que faziam ali, ao que responderam que todos podiam aprender uns com os outros as dificuldades de serem pais. Disseram ainda que estavam satisfeitos porque verificavam que o seu filhito estava mais crescido e solidário por conviver com patinhos diferentes.

Nas grandes festas Patoninas, D. Patiana sugeriu que convidassem o Patony, um cantor que tinha Síndrome de Down, para ir animar a festa e o jornal Bico de Pato foi lá fazer uma reportagem.

No dia seguinte, D. Patelma foi ter com a D. Patiana, levando o jornal, dizendo toda eufórica: “já viu, podíamos treinar a Patufa e o Patusco e quem sabe venham a ser assim famosos!”. A D. Patiana retorquiu um pouco indignada “já ouviu como os nossos filhos são desafinados a cantar o hino quá quá, como acha que vão agora tornar-se cantores? Eles saberão fazer outras coisas bem, mas cantar é que não! Sugeri o Patony porque gosto de o ouvir, especialmente aquela música da pata na poça!”. A D. Patonga, que se aproximava, meteu a sua bicada na conversa: “claro, claro, não temos de ter todos as mesmas dificuldades nem as mesmas competências.

Além disso, não é a deficiência que faz o Patony ser melhor cantor, nem deve ser essa a principal característica de alguém”. A D. Patiana rematou: “só faltava agora acreditar-se que uma deficiência torna os que a têm bonzinhos”. E contou-lhes a história de um pato que não andava e que tentava usar a pena que despertava nos outros a seu favor. Foi então que o Patusco declarou “eu sou diferente, mas quero ser igual a todos!”. E D. Patelma, com um ar sonhador, disse: ”então devia haver um lugar para cada um de nós, independentemente de como sejamos fisicamente...”. A D. Patiana sorriu e disse “é para isso que trabalhamos, queremos uma oportunidade para todos, ainda que diferentes na igualdade da nossa espécie”. O Patusco acrescentou: “eu não quero estar contente só com a Patufa e com os que são iguais a mim, quero brincar com os outros também!”. E D. Patonga afagou-lhe a cabeça com um ar vaidoso pelo seu pupilo.


FONTE:http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1377 ACESSADO EM 30/03/2010

Matéria sobre Dosvox


Entrevista com Luciane Maria Molina Barbosa

Professor Delamare MC Filho: Conversar com a professora Luciane é mergulhar num imenso mundo de conhecimentos que nos levam às viagens fantásticas na esfera do saber. Luciane é professora especialista em Deficiência Visual e trabalha com deficientes visuais. A talentosa professora Luciane não mede esforços quando se trata em ajudar os professores interessados em aprender um pouco da sua arte de ensinar alunos com deficiência visual. Nasceu em Guaratinguetá e sempre viveu nesta cidade prestando seus trabalhos como docente tanto em Guaratinguetá como na cidade de Lorena, cidade vizinha. Vamos conhecer um pouco desta simpática professora que fascina seus alunos:

Como se sente dando aulas para professores videntes?

Essa experiência surgiu da necessidade de divulgar recursos que proporcionassem mais autonomia e independência aos deficientes visuais. Sabemos que para que haja inclusão desses educandos na escola regular é preciso que os profissionais envolvidos tenham uma postura e atitudes que garantam, não só sua presença física, mas sua permanência e participação nas aulas.

A justificativa desses profissionais, ao encontrarem um deficiente visual em suas classes, é de que não estão preparados e, isso é inaceitável, sobretudo no momento em que vivemos. Partiu daí a necessidade de se formar multiplicadores para essa atuação. Não formamos apenas aquela turma, mas sabemos que dali todas as informações serão divulgadas e multiplicadas entre familiares, colegas de trabalho, alunos, entre outros. É essa relação que torna a experiência muito mais gratificante. Nos cursos para capacitar professores videntes (quem enxerga), tenho o cuidado de mostrar que existem técnicas distintas. Eles aprendem como videntes, mas também precisam ter o conhecimento de como transmitir e ensinar as técnicas para os cegos. São aprendizados paralelos, mas necessários para garantir avanços no processo de construção das noções de como um deficiente visual interage com as informações e com o espaço a sua volta.

Tenho o cuidado, também, de mostrar as relações existentes entre a teoria e a prática, já que além de profissional da área, sou deficiente visual e vivencio toda essa realidade, trabalho, também, ensinando outros deficientes visuais. Aliar teoria à prática é o caminho para esclarecer que o deficiente, acima de tudo é um ser humano, com qualidades, defeitos, dificuldades... Não podemos admitir certos mitos e estereótipos criados para “explicar”, de forma equivocada, a maneira natural como o deficiente encara suas limitações, criando e recriando formas de convívios. Adaptações sempre são necessárias e, é por meio de pequenas adaptações que desenvolvo minha prática docente, como por exemplo, uso da tecnologia, de leitores de tela e sintetizadores de voz, sistema de leitura tátil e escrita em Braille, entre outros.

Poderia falar um pouco do Dosvox e sua utilidade?

Como costumo falar, a tecnologia veio pra romper as limitações impostas pela própria deficiência. Permitiu-nos ter uma nova perspectiva, nos garantiu acesso a serviços e espaços nunca antes percorridos. Se, por um lado, a informática trouxe tantas inovações para seus usuários, por outro, devolveu aos deficientes visuais a oportunidade de interação com as informações e com outras pessoas de maneira a não haver diferenças entre essa comunicação.

Para saber mais, acesse o link do Espaço Braille: http://braillu.blogspot.com/2009/03/entrevista.html

Como os cegos diferenciam as notas de dinheiro? Matéria da Revista Época

As cédulas de real apresentam diferenças perceptíveis no tato apenas quando estão novas. O Banco Central deve adotar modelo estrangeiro para que os cegos consigam identificar melhor os valores. O braile não é uma opção viável. Laura Lopes.

Real - As notas apresentam apenas marcas de relevo

Em qualquer lugar do mundo é possível reconhecer o valor das notas de dinheiro. Seja na Índia, na China ou nos Estados Unidos, e nem precisa saber a língua nativa, nem mesmo ser alfabetizado. Só há uma exceção para essa regra: os deficientes audiovisuais. Como eles contam dinheiro? Aqui no Brasil, as moedas da segunda família (a segunda geração de moedas de real) possuem tamanhos e espessuras diferentes, algumas são serrilhadas nas bordas, justamente para serem diferenciadas por meio do tato. Já as cédulas têm marcas de relevo que se perdem com o uso. "Essas marcas são pouco perceptíveis, principalmente para os mais idosos. E, com o tempo, as notas vão perdendo o relevo", diz Regina Fátima Caldeira de Oliveira, deficiente visual e coordenadora da Revisão dos Livros Braille da Fundação Dorina Nowill, de São Paulo.

Euro - Cada valor tem um tamanho diferente, obedecendo à regra de quanto maior o valor, maior o tamanho. A nota também apresenta marcas táteis em relevo

A primeira solução que vem à cabeça é a inserção de caracteres em braile nas notas. Essa, no entanto, é uma saída pouco útil: o braile sairia com o desgaste das cédulas, assim como acontece com as marcas de relevo atuais. "Além disso, o braile é lido por muitas pessoas cegas, mas não por todas. A gente não quer braile nas notas", afirma Regina, que participou de reuniões com o Banco Central e a Casa da Moeda com entidades representativas dos deficientes visuais do país, para encontrar uma solução viável e prática para o problema. O BC comunga a opinião da Fundação Dorina. Segundo João Sidney, do chefe do departamento de Meio Circulante, "a tecnologia de impressão não tem sobrevida. Na terceira manipulação da nota, o braile já acaba".

Apesar da concordância, pouca gente sabe que o braile não é o melhor caminho a seguir. No dia 27 de outubro, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) encaminhou um ofício à Casa da Moeda solicitando informações sobre a viabilidade técnica para implantação desse sistema de leitura nas cédulas e moedas do país. A proposta, feita pelo conselheiro do Amazonas Edson de Oliveira, tem a melhor das boas intenções, em defesa dos direitos dos cegos, já que os mesmos não têm acesso à leitura das notas. Mas não funciona. "Há quem faça isso para melhorar e ajudar, mas devia falar com pessoas que lidam com o problema diriamente e que podem ter a melhor proposta", diz Regina.

Austrália - As notas têm tamanhos diferentes e são reconhecidas por meio de um gabarito

Entre as propostas sugeridas nas reuniões entre as entidades e o governo, a que mais agrada Regina é o modelo adotado na Austrália e nos países que fazem parte da União Europeia (e usam o euro). Lá, as notas possuem tamanhos diferentes, crescendo à medida que o valor aumenta. O portador de deficiência visual recebe uma espécie de gabarito que indica o valor da nota, em braile. Ao colocar a nota dentro desse gabarito, sua ponta vai cair sobre o valor correspondente a ela. Serve mais para quem ainda não decorou o tamanho das notas ou não está acostumado àquela moeda.

Canadá - Além das notas terem furinhos arranjados de formas diferentes para cada valor (à dir.), um aparelhinho lê a nota e emite um sinal diferente para cada valor, por meio de voz, som ou vibração
Na opinião do BC, no entanto, o modelo canadense é que deve vigorar no Brasil. Segundo o chefe do departamento de Meio Circulante do Banco Central, não é necessário mexer no design ou tamanho do dinheiro. "O Canadá insere nas notas uma tinta invisível diferente para cada valor e distribui um aparelhinho subsidiado que reconhece o magnetismo da tinta e emite um sinal para cada valor", afirma João Sidney. Trata-se de um aparelho pequeno, que pode ser levado no bolso e distribuído gratuitamente pelo Canadian National Institute for the Blind. Sobre o gabarito, adotado pelos australianos e europeus, Sidney diz que não é a melhor solução e, como o reconhecimento é feito pelo tato, pode levar a erros de interpretação. "Eu apostaria nessa tecnologia sonora", diz. Só não se sabe quando ela entrará em vigor.

Fonte: Revista Época (http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI103120-15223,00-COMO+OS+CEGOS+DIFERENCIAM+AS+NOTAS+DE+DINHEIRO.html)

segunda-feira, 29 de março de 2010

QUE BELO TRABALHO!!!


No decorrer do mês de março as professoras das Salas de Recursos Multifuncionais (SRM) desenvolveram um trabalho de sensibilização em todas as escolas da rede municipal. Nos anos iniciais apresentaram a história "Na minha escola todo mundo é igual" da autora Rossana Santos e ralizaram trabalhos alusivos a este tema. Nos anos finais a proposta foi um jogo chamado "Show da Opinião" onde todos os adolescentes participaram e discutiram sobre os temas abordados, como: discriminação, preconceito, bullyng, diferenças e semelhanças.
As Salas de Recursos Multifuncionais estão sendo reformadas e logo estarão em funcionamento.

Sabrina Becker

AGUARDEM, LOGO ESTAREMOS POSTANDO AS FOTOS DOS EVENTOS.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Falar Sozinho, Amigo Invisível ou Imaginário: Como isso é compreendido nas Pessoas com Síndrome de Down

Marina da Silveira Rodrigues Almeida
Consultora em Educação Inclusiva
Psicóloga e Pedagoga
Instituto Inclusão Brasil

É comum os pais surpreenderem seus filhos com síndrome de Down em solilóquio (fala de alguém consigo mesmo) e muitos o chamam "amigo invisível" ou "imaginário" com o qual a criança passa o tempo a brincar e a conversar, contando-lhe todos os seus problemas. Mas isso é frequentemente comum em todas as crianças.

Muitos pais e cuidadores refletem uma preocupação exagerada quando surpreendem as crianças conversando sozinhas, logo associam que isso está associada à síndrome de Down e ou problemas psicológicos. Sabemos estatisticamente que 81% das pessoas com síndrome de Down manterão solilóquios, dentro de uma faixa etária de 11 a 83 anos sendo algo que fará parte de sua constituição e nem por isso é um fator patogênico.

Muitos pais acham que somente o filho único tem o "amigo invisível" ou imaginário", mas isso é um mito. As crianças, quando estão brincando sozinhas, gostam de imaginar que tem um amigo invisível, e para isso falam com ele, riem e até chegam a ficar zangadas e ficarem dias "de mal".

Mas, na primeira infância não há motivos para estas inquietações, pois as crianças com síndrome de Down ou não precisam imaginar e criar o seu mundo de fantasia e o mundo da criança é recheado de fadas, duendes e outras imaginações fantásticas, e é isso que lhe dá felicidade e prazer em crescer.

Se perceberem que uma criança fala com alguém invisível ou com o coelhinho de pelúcia que ganhou na Páscoa, escutem a conversa, e aprendam a estimar essas personagens do "faz de conta" dos seus filhos.

Dos dois anos aos quatro de idade as crianças vivem uma das fases da vida que se apresenta cheia de encantos. Todos os dias nos surpreendem com novas conquistas, novas proezas. E é também a idade da entrada nas nossas casas dos amigos imaginários.

Muitos pais já devem ter sido confrontados com a obrigação de mudar de cadeira à mesa, porque naquele lugar vai se sentar o amiguinho Zezinho, um amiguinho imaginário do filho ou filha. Outros pais se depararam com uma criança que interage animadamente com um objeto como, por exemplo, o travesseiro que usaram quando eram bebês, ou mesmo uma fralda, um cobertor da sua vida de berço, ou qualquer outra coisa. São as brincadeiras de “faz de conta”. Elas também ajudam a antecipar os acontecimentos, por exemplo brincar de dormir, para conseguirem dormir bem, brincarem de papai e mamãe, para depois elaborarem a vida familiar, a sexualidade e assim por diante.

Os amigos imaginários podem surgir de dois modos: amigos invisíveis (que ninguém pode ver) e, objetos personificados (com os quais a criança interage como se fossem humanos). Um amigo imaginário pode ser qualquer coisa, e até não ser nada de concreto - simplesmente estar ali, para a criança e os personificados são aqueles que geralmente falamos que são os “anjinhos”, protetores da criança. Não importa aqui as explicações místicas, religiosas ou metafísicas para estas relações infantis, manteremos o foco é no respeito e na maneira com que esta criança se relaciona e interage com o amigo imaginário e o que está conversando com ele: são aspectos saudáveis ou são aspectos que estão adoecendo a criança? está afastando-a da realidade? está colocando-a em risco?, etc. Estes dados que precisam ser observados e considerados pelos pais para depois tomarem alguma atitude, se for necessário.

Existem crianças que brincam com personagens que só existem na sua cabeça. O "fazer de conta" permite à criança sentir-se como dona da situação, pois ela é que dá ordens ao amigo invisível, ser por uma vez o responsável, ou chefe: ela pode ensinar, falar, mandar nos seus amigos imaginários de uma maneira impensável, em relação aos seus amigos de carne e osso, ou aos membros da sua família.

Apesar de alguns pais ficarem algumas vezes perplexos perante tal fato, isto pode ser um modo positivo e criativo que a criança arranjou para lidar com o seu mundo de sonho e fantasia, podendo estar sozinha ou não. Na maioria dos casos, trata-se de um recurso valioso para a criança e importante para o seu desenvolvimento, quando surge de modo natural, servindo como fator compensatório.

Os pais e os cuidadores precisam compreender que as crianças com síndrome de Down, tiram uma vantagem deste momento. Há um desempenho importante no papel do desenvolvimento cognitivo e as ajudam a coordenar suas ações, pensamentos; parece ser um importante instrumento para adquirir novas habilidades e alcançar níveis superiores de pensamentos.

Um amigo imaginário tem muitas vantagens. É alguém que está sempre disponível para brincar, que gosta de todas as idéias da criança, que coopera e que nunca lhe tira os brinquedos. Por outro lado, estes amigos também são freqüentemente usados para a criança se livrar de sentimentos negativos, e lidar com eles, ou para atirar as culpas de algum erro para cima deles.

Mas porque é que as crianças arranjam este tipo de amigos?

As crianças começam a brincar de "era uma vez" ou "faz de conta" desde muito cedo, por volta dos dois anos. E fazem-no repetidamente, imitando frases e atitudes dos adultos. Inicia-se assim um ritual. De certa maneira, nesse novo contexto, no qual surge o amigo imaginário, a criança controla os acontecimentos, sentindo-se importante e especial, sensação esta que pode não encontrar na sua vida familiar, ou na escolar, ou social.

Este tipo de "amigo invisível", ou "imaginário" ajuda as crianças a lidarem com as ansiedades normais do seu crescimento. Pode ser uma grande ajuda, desde que não se ultrapassem certos limites.

Há vários fatores que podem influenciar o aparecimento destes "amigos imaginários". Eles podem aparecer quando a criança passa por momentos de estresse ou de ansiedade, como por exemplo, quando um amigo muda de escola, falecimento de um ente da família, separação dos pais, ou vai morar em outra cidade, e então a criança pode substituí-lo por um amigo imaginário.

Numa situação aonde a criança sinta saudade de um ser querido, poderá substituí-lo, durante algum tempo, por um amigo imaginário, que contribuirá para que a angústia da separação não seja tão brusca e traumática, deixando que o tempo faça o resto.

Os "amigos invisíveis", ou "imaginários" também ajudam a criança a lidar com a solidão. O "amigo", ou um objeto de conforto, ajuda à criança a fazer face quando sente os medos infantis, que são as situações que mais angustiam a criança, como o escuro, a solidão, o abandono. Nessas situações, este amigo lhe faz companhia, preenchendo um pouco o vazio que se instala na vida infantil, reduzindo a ansiedade. Assim, pode fazer com que não perca o controle, uma vez que vai conversando com o amigo e ouvindo a sua própria voz, a qual, entre outras coisas, o acalma. Estes amigos servem, ainda, para a descarga das emoções contidas, que as crianças não conseguem canalizar adequadamente.

No caso das crianças com síndrome de Down, pouco a pouco o solilóquio se vai interiorizando pela idade da criança e transformando-se em pensamentos a nível superior. A experiência nos indica que jovens e adultos com síndrome de Down, mantém solilóquios quando estão se sentindo muito sozinhos e quando atravessam situações novas e dificuldades que não se sentem capazes de resolver. Como são mais sensíveis ao contexto social e muitas vezes apresentam dificuldades em sua expressão de linguagem oral inteligível, encontram um jeito de conversarem sozinhos para expressarem suas frustrações, medos, tristezas e sentimentos que via de regra não conseguem expressar e conversar com as demais pessoas em seu cotidiano. Outro fator associado está ligado aos processos de pensar e falar entre o que é privado e o que é público. Em alguma medida, as crianças e jovens com síndrome de Down tentam elaborar estas dimensões ao conversarem sozinhas. Mas é de grande ajuda quando estas situações possam ser compreendidas e mediadas pelos pais, irmãos, cuidadores ajudando-os a elaborarem suas dificuldades de comunicação acolhendo-os em sua dimensão subjetiva.

Para as crianças, jovens, adultos e idosos com síndrome de Down, falar sozinho pode ser um único entretenimento que dispõem quando estão sozinhos durante longos períodos. Portanto, isso é um fato para que sempre possamos incentivá-los a buscarem convívio social com outras pessoas, atividades variadas e encontrar objetivos prazerosos para suas vidas.

Orientação aos Pais:

Os pais inicialmente não devem dar muita importância a este acontecimento. Se ele persistir até à pré-adolescência então, nesse caso, é interessante consultar um profissional de saúde.

Os pais devem saber que ter "amigos imaginários" é algo perfeitamente comum entre crianças de 3 aos 6 anos de idade.

Os pais devem saber que esta é uma demonstração das capacidades da criança para explorar e expandir a sua imaginação e criatividade.

Os pais devem saber que, muitas vezes, estes amigos são usados para lidar com sentimentos como a raiva ou a inveja.

Os pais devem saber que as crianças podem usar estes amigos para praticarem o que é ser e ter um amigo.

Os pais devem saber que uma das grandes vantagens destes amigos imaginários é que, se os pais ouvirem as conversas das crianças com eles poderão ser capazes de descobrir alguns dos medos das crianças e alguns conflitos.

Os pais devem saber que quando a criança pratica o solilóquio e ficar mais exacerbada devem estar atentos e falar com a criança, acalmando-a.

Os pais devem saber que não vale a pena lutarem contra isto, pois que, não ajuda e pode fazer com que a criança se isole e se sinta diferente, o que não é benéfico.

Comprem brinquedos e materiais versáteis, que possam ser usados de maneiras variadas. Proporcione-lhes material para desenvolverem as suas fantasias. Quando estão brincando de fazer comidinha ou de ser o dono de um mercadinho, precisam ter sacolas e algumas caixas de comida vazias.

Forneça-lhes fita adesiva em quantidade. É indispensável para construir casas com cartões e caixas.

Encoraje-os a brincar com massinha, argila e areia. Estes materiais maleáveis têm um efeito calmante. As crianças podem usá-los todos os dias, de modo diferente, para criarem e controlarem as suas brincadeiras de "faz de conta".

Não controle as brincadeiras, deixe que sejam crianças. Não insista em intervir nas brincadeiras das construções infantis.

Não comprem muitos brinquedos. Comprem-nos com a presença da criança sem impor-lhe o brinquedo. Quando as crianças têm de procurar objetos para as suas brincadeiras, a imaginação voa. Comprem brinquedos em épocas certas, isto é aniversário, dia da criança e festas de fim de ano. O abuso na compra gera consumismo e o valor educativo do brinquedo perde o efeito.

Ensinar a criança a preservar o brinquedo e a tê-los em ordem, arranjando-lhe um local e recipiente apropriado para guarda.

Os pais devem saber que a ajuda de um Psicólogo deve ocorrer quando a criança apenas quer estar sozinhas com seu amigo imaginário, evitando o mínimo contato com os outros; suas conversas com o amigo imaginário são em tom negativo denotando baixa auto-estima, tristeza em destaque para jovens e adultos com síndrome de Down e usualmente as situações do cotidiano são envoltas de conflitos e resistências.

fonte:http://www.institutoinclusaobrasil.com.br/informacoes_artigos_integra.asp?artigo=45 ACESSADO EM 15/03/2010

Sites Interessantes

ABC Kids
Abelhinha
Aceitando as diferenças
Acessibilidade Brasil
Acessibilidade Legal
AGAPASM - Surdocegos e Multideficientes
Agencia Brasil
Agencia Inclusive
Ajudas.com - Portal de Reabilitação e Ajudas Técnicas
Alfabetização - figuras e idéias
Alfabetização através da arte
Alfabetização e Livros - Falados e Animados
Apostila de LIBRAS
Aprender Criança
Aprender Criança - Neuroeducação
Atividades Inteligências Múltiplas
Atividades, filmes, livros, brinquedos, desenhos
Atividades, histórias faladas, músicas infantis, alfabetização
Atividades: Jogos de Matemática: Cuisenaire, materiais de apoio, jogos de multiplicação
Atividades: Jogos Musicais para Crianças Autimismo
Autismo Brasil
Autismo Son-Rise
Autistas: Artistas Plásticos, Músicos - USA
Bengala Legal
BICA CONIFOR Jornal Informativo de Inclusão
Brincando de fazer brinquedos
Brinquedos em LIBRAS e BRAILLE
Casa da Esperança - Autismo
Casa da Terapeuta Ocupacional
Catálogo de Publicações do MEC - Ed. Especial
Centro de Documentação sobre Deficiência
Centro de Orientação para PNEs e famílias
Centro de Pesquisa e Estudo de Fisioterapia
Centro de Vida Independente
CIAM Inclusão Social de Pessoas com Def. Intelectual
Cipriano Luckesi - Textos sobre Avaliação
CLAREOU Buscador de Sites Acessíveis
Clínica Psicológica da UNISANTOS
Comunidade de Mãos Dadas - Diretos e Deveres da Criança e do Adolescente
Comunidade Escola da Ponte
Contador de Histórias
CORDE
CREPOP - Centro de Ref. em Psicologia e Políticas Públicas
CVI - Centro de Vida Independente Campinas
DefNet - Paralisia Cerebral
Desenho Universal - Acessibilidade
Desenhos Classificados para Colorir e Imprimir 3
Desenhos para Imprimir e Colorir 1
Desenhos para Imprimir e Colorir 2
Dicionário Digital em Libras
Domínio Público - Biblioteca Digital
DosVox e Softwares de Tecnologia Assistiva
Educação Condutiva - PC
Educação Para Todos - Mel Ainscow
Escola da Ponte - Site Oficial
Grhau - Habilitação para disfunção sensorial, motora, intelectual e ou psicossocial
Guia da Família
Guia de Sites de Jogos Infantis
Hiperatividade
Inspirados pelo Autismo
Instituição Transformar
Instituto Amankay de Estudos e Pesquisas em Inclusão
Jogos Divertidos Infantis
Jogos e Diversas Atividades Educativas
Jogos Infato-Juvenis
Jornal do Futuro - PT
Jornal Visual - Primeiro telejornal para def. auditivos
Lista Completa de ONGs e Instituições - SP
Livro Acessível Universal
Livro Alfabetização e Letramento - EJA e MOVA
Livro Educação Étnico Racial
Livro Língua Portuguesa para Pessoa Surda
Livro Orientações Curriculares sobre LIBRAS
Livros de literatura - Dowload
Manual Merck Biblioteca de Saúde para Família
Mathema - Sugestões de Matemática
Mediação - Metodologia Reuven Feuerstein
Movimento Desenrola Brasil
Mundo do Canhoto
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Música e Silêncio - Def. Auditivos
Observatório da Infância - Bullying
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Românticos Conspiradores
Ruth Rocha - Histórias faladas e escritas
Sapiens - Superdotação Intelectual
Save the Children - publicações
SENAI - Programa de Ações Inclusivas
Sensory World - Sensorial
Ser Down
Sexualidade Juvenil
SICORDE
Site de Atividades Educativas
Site Românticos Conspiradores
Sites de Dicas sobre Educação
Sugestões para fazer Brinquedos
Símbolos e Figuras para Comunicação Alternativa
Tecnologia Assistiva ou Comunicação Alternativa
Teia Cooperativa
Teletrabalho para pessoas com deficiencia
Temple Grandin - Site Oficial - Autismo
Terapia Ocupacional Infantil
THDA e Comorbidades
Todos pela Educação
Tve Brasil - Salto para o futuro
Universo Hiperatividade - Def. Atenção
Up Down - Santos
Vez da Voz - Interagindo com as diferenças - LIBRAS

FONTE:http://www.institutoinclusaobrasil.com.br/contato_sites_interessantes.htm ACESSADO EM 15/03/2010
LIBRAS
Dicionário da Língua Brasileira dos Sinais.
Fazer download do Libras Fazer Download

DOWNLOAD

domingo, 14 de março de 2010

Esse material, é uma coletânea de matérias encontradas na internet, revistas especializadas e outros meios, que abordam o tema: Medicina e Autismo.

AUTISMO ESPERANÇA
http://health.groups.yahoo.com/group/autismoesperanca/
1) APOSTILA COM COLETÂNEA DE TRADUÇÕES:
ApostiladetraduesdaADEFA.doc
2) TIME MAGAZINE - JUNHO DE 2006 - POR DENTRO DA MENTE AUTISTA:
TimeMagazinejunho2006.rtf
3) O QUEBRA-CABEÇAS DO AUTISMO - MATERIAL SOBRE EDUCAÇÃO DA ASA - AUTISM SOCIETY OF AMERICA:
APOSTILAOQUEBRACABEASDOAUTISMO.pdf
4) CONSTRUINDO O NOSSO FUTURO - OUTRO MATERIAL SOBRE EDUCAÇÃO DA ASA - AUTISM SOCIETY OF AMERICA:
CONSTRUINDOONOSSOFUTURO.pdf
5) VIVENDO COM O AUTISMO - GUIA PARA CRIANÇAS TÍPICAS - MATERIAL DA ASA:
VIVENDO_COM_O_AUTISMO_-_GUIA_PARAS_C.pdf
6) VIVENDO COM O AUTISMO - IRMÃOS - MATERIAL DA ASA:
VIVENDO_COM_O_AUTISMO_-_IRMOS.pdf
7) VIVENDO COM O AUTISMO - PUBERDADE - MATERIAL DA ASA:
VIVENDO_COM_O_AUTISMO_-_PUBERDADE.pdf
8) APOSTILA: INTERVENÇÃO NUTRICIONAL NO AUTISMO - DIETA: COMO E PORQUE FUNCIONA POR CLÁUDIA MARCELINO:
p_q_fazer_dieta.pdf

Tornar a Educação Inclusiva - Livro com download gratuito


Tornar-a-educacao-inclusiva

Distribuição Institucional: Resumo: A coletânea “Tornar a educação inclusiva”, resultado da parceria entre a UNESCO e a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), procura aprofundar a discussão sobre o conceito e as práticas de educação inclusiva, agregando as contribuições de pesquisadores brasileiros às reflexões de especialistas internacionais nesse campo. Em um país tão diverso e complexo como o Brasil, a educação não pode representar mais um mecanismo para excluir as pessoas cujas necessidades de aprendizagem exigem uma atenção especial.

Palavras-chave: educação inclusiva; educação especial; discriminação educacional; discriminação étnica; educação intercultural; educação de surdos; educação de cegos; deficientes mentais; educação de adultos; Brasil

Autores: Fávero, Osmar; Ferreira, Windyz; Ireland, Timothy; Barreiros, Débora

Brasília: UNESCO, Anped, 2009. 220 p.

ISBN: 978-85-7652-090-0

Download gratuito (PDF, 2.3 Mb)

Fonte: UNESCO no Brasil (http://www.brasilia.unesco.org/publicacoes/livros/tornar-educa-inclusiva)

quarta-feira, 10 de março de 2010

FAÇA LOGO A SUA MATRÍCULA E GARANTA A SUA VAGA NOS CURSOS DO INDEPIN PARA O PRIMEIRO SEMESTRE DE 2010
Terças-Feiras / Noite/ 19h00min às 22h20min
Início – 16 de Março
Investimento:2 X 95,00
Sábados / Manhã/ 08h30min às 11h25min
Início – 20 de Março
Investimento:5 X 76,00
Sextas-Feiras / Noite/ 19h00min às 22h20min
Início – 23 de Março
Investimento:4 X 95,00
Segundas-Feiras e Quartas-Feiras / Noite/ 19h00min às 22h20min
Início – 05 de Abril
Investimento:6 X 190,00
Obs: neste curso a disciplina de LIBRAS - vocabulário básico é opcional para os que comprovarem já terem cursado no mínimo 20h/a de Libras. Nestes casos o investimento será de 6 X 180,00
Terças-Feiras e Quintas-Feiras / Noite/ 19h00min às 22h20min
Início – 20 de Abril
Investimento:8 X 190,00
Obs: neste curso a disciplina de LIBRAS - vocabulário básico é opcional para os que comprovarem já terem cursado no mínimo 20h/a de libras. Nestes casos o investimento será de 8 X 175,00

LOCAL ONDE OCORRERÁ O CURSO

Av. Independência, 330/ sala 410 – Porto Alegre.

INSCRIÇÕES

A Matrícula corresponde à primeira mensalidade e deve ser realizada através de depósito bancário na conta do Banco do Brasil (001); Agência:1899-6; Conta Corrente: 38413-5 em nome do INDEPIn - Instituto; CNPJ: 10.677.058/0001-28

Após efetivar a matrícula, enviar por e-mail a cópia do comprovante de pagamento e a ficha de inscrição preenchida com os dados seguintes:

FICHA DE INSCRIÇÃO

Qual é o curso escolhido:

Surdo ( ) sim ( ) não

Nome Completo como consta na identidade:

Endereço: Nº: Complemento: CEP:

Cidade: Telefone: Celular:

Atuação Profissional:

Local de Trabalho:

Nº da Identidade:

CPF: E-mail:

Para maiores informações e inscrições acesse o site www.indepin-edu.com.br ou entre em contato conosco, contato@indepin-edu.com.br

Fones: 9755-4423 / 9933-0634

Av. Independência, 330 / sala 410 - Porto Alegre

quinta-feira, 4 de março de 2010

ESPAÑOL Y LITERATURA PARA TODOS

• Tiflolibros - Libros Electrónicos para Ciegos - http://www.tiflolibros.com.ar/
É uma biblioteca virtual de acesso gratuito para cegos e deficientes visuais. Esta biblioteca, chamada tiflolibros foi organizada por deficientes visuais da Argentina e Espanha. Hoje os livros a disposição dos interessados chegam a o número de oito mil e continuam crescendo de dia em dia. A maioria dos livros que foram escaneados e colocados na biblioteca possui textos em espanhol mais também existem livros em outros idiomas. Tiflolibros ainda funciona como lista de discussão e troca de idéias entre os integrantes.
¡ MIRA QUE BUENO!

DICAS




Um excelente site para deficiente visual e pessoas de baixa visão, com possibilidade de downloads extremamente úteis, inclusive do leitor de telas Talks.


http://www.lerparaver.com/









Orca é um poderoso aplicativo gratuito, de fonte aberta desenvolvido para a plataforma Linux que se destina aos portadores de deficiência visual.

Usuando uma combinação de diversos recursos tais como sintetização de voz, braille e lente de aumento, mais informações sobre o Orca, incluindo o seu download podem ser obtidas acessando-se
http://live.gnome.org/Orca


Quem disse que as pessoas cegas não podem jogar no computador? Joguinhos para computador baseados em som. Trata-se do Audio Games. Lá, você encontrará dezenas de jogos classificados por categoria: estratégia, quebra-cabeças, esportes, arcades, ação, corrida, tiros e RPG. Muitos são freewares, outros são demo ou trial. Nesse site, há também inúmeros links para outros locais na internet que tratam de Audio Games e de games com recursos de acessibilidade. Confira em http://www.audiogames.net


Que tal aperfeiçoar o seu Inglês? Sem dúvida, uma das maneiras de fazer isso é ouvindo exautivamente alguém falar em Inglês e um ótimo lugar para você fazer isso é o site LibriVox. Nele, você encontrará centenas de livros em formato AudioBook que são de domínio público. É possível navergar-se pelo site em páginas escritas na língua portuguesa, bastando para isso clicar-se sobre a bandeirinha do Brasil, mas o audio dos livros disponíveis está em Inglês. Como os livros são gravados por diversos voluntários diferentes, os sotaques diferem bastante e isso pode ser uma grande vantagem para você treinar seus ouvidos nas diversas formas de pronunciar o idioma inglês. Confira: http://librivox.org/


Um site Muito Legal para os portadores de deficiência visual e, também, de outros tipos.

Muito bem organizado e orientador vale uma visita por todos, portadores ou não de deficiências, para que possamos nos orientar sobre as técnicas e procedimentos de uma mais eficiente inclusão.
http://www.bengalalegal.com/