NAS ESCOLAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL DE SAPUCAIA DO SUL
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Nao fale apenas de um passado distante ou de um futuro imprescindível. Esteja comigo hoje alternando as sensações de quem ensina e de quem aprende." Ivana M. Pontes
A 37ª Sessão Plenária Especial sobre Deficiência da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, realizada em 14 de outubro de 1992, em comemoração ao término da Década, adotou o dia 3 de dezembro como Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, por meio da resolução A/RES/47/3. Com este ato, a Assembléia considera que ainda falta muito para se resolver os problemas dos deficientes, que não pode ser deixado de lado pelas Nações Unidas.
A data escolhida coincide com o dia da adoção do Programa de Ação Mundial para as Pessoas com Deficiência pela Assembléia Geral da ONU, em 1982. As entidades mundiais da área esperam que com a criação do Dia Internacional todos os países passem a comemorar a data, gerando conscientização, compromisso e ações que transformem a situação dos deficientes no mundo. O sucesso da iniciativa vai depender diretamente do envolvimento da comunidade de portadores de deficiência que devem estabelecer estratégias para manter o tema em evidência.
Este documento foi preparado por Agnes Fletcher, publicado originalmente em inglês por Disability Awareness in Action/Disabled Peoples’ Internacional. A edição em português foi traduzida por Romeu Kazumi Sassaki e publicada pelo PRODEF-Programa de Atendimento aos Portadores de Deficiência, Secretaria Municipal de Assistência Social, da cidade de São Paulo e pela APADE-Associação de Pais e Amigos de Portadores de Deficiência.
Na Sessão Plenária Especial da Assembléia Geral das Nações Unidas para Pessoas com Deficiência (1983-1992), foi aprovada uma resolução que declara o dia 3 de dezembro de cada ano como o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência.
A comissão dos Direitos Humanos das Nações Unidas pela Resolução 1993/29 de 5 de março de 1993:
"Apela a todos os Países - Membros que enfatizem a observância do Dia Internacional (...) a fim de que as pessoas com deficiência desfrutem plena e igualmente dos direitos humanos e participem na sociedade (...)"
Esse documento foi projetado para dar apoio ao trabalho das organizações das pessoas deficientes na observância e celebração do Dia Internacional. Este é o Nosso Dia e podemos utilizá-lo para promover nossas organizações e os direitos das pessoas com deficiência no mundo inteiro – nos níveis local, nacional, regional e internacional. Ele pode ser também uma oportunidade para estimular debate sobre os assuntos de deficiência em geral e tornar públicos os programas, as políticas e as leis boas e más.
Muitos de nós ouviram durante anos que as nossas vidas têm pouco valor. Mas a verdade é que as nossas necessidades são importantes, as nossas habilidades e experiências são de enorme valor para a comunidade, a sociedade, o mundo.
Nós temos direitos, necessidades e habilidades como quaisquer outras pessoas.
Daqui para frente nós teremos o nosso Dia Internacional todos os anos para falarmos ao mundo sobre esses direitos, necessidades e habilidades e assegurarmo-nos de que eles serão respeitados.
Os eventos para marcar o Dia Internacional devem:
Os objetivos de longo prazo incluem:
Eis algumas das questões nas quais devemos nos concentrar:
Juntos somos fortes
LEMBRETE
Sozinho, ninguém consegue mudar muita coisa. Juntando-nos em organizações e apresentando-nos como membros fortes e contribuintes na comunidade e possuidores de necessidades e habilidades e direitos, nós – as pessoas com deficiência – podemos influenciar a sociedade em que vivemos.
Em todo o mundo, as pessoas deficientes estão entre os mais pobres dos pobres, vivendo vidas de desvantagem e privação. Por quê?
Tradicionalmente, a deficiência tem sido vista como um "problema" do indivíduo e, por isso, o próprio indivíduo teria que se adaptar à sociedade ou ele teria que ser mudado por profissionais através da reabilitação ou cura.
Hoje, as pessoas portadoras de deficiência e suas organizações descrevem, a partir de suas experiências, como as barreiras econômicas e sociais têm obstruído a participação plena das pessoas portadoras de deficiência na sociedade.
Estas barreiras estão espalhadas a tal ponto que nos impedem de garantir uma boa qualidade de vida para nós mesmos.
Esta explicação é conhecida como o modelo social da deficiência, porque focaliza os ambientes e barreiras incapacitantes da sociedade e não as pessoas deficientes. O modelo social foi formulado por pessoas com deficiência e agora vem sendo aceito também por profissionais não-deficientes. Ele enfatiza os direitos humanos e a equiparação de oportunidades.
Promover esta forma de pensamento sobre a deficiência é o que pretende o Dia Internacional.
O novo desafio consiste em que pessoas deficientes e formuladores de políticas compartilhem suas perícias e decidam sobre soluções alternativas para o "problema" da deficiência, soluções estas baseadas na remoção das barreiras da sociedade e na plena integração e que ensejem às pessoas com deficiência uma participação plena e igualitária na sociedade.
Enfatizando direitos, não a caridade!
Existem ainda muitas pessoas que não entendem que:
Vocês encontrarão, aqui neste documento, alguns fatos e números sobre a natureza global da deficiência e alguns exemplos específicos de violação ocorridos em diversos países.
Cabe à organização onde vocês atuam identificar as violações específicas com que se defrontam os membros e fazer com que a comunidade inteira conheça essas violações.
Os direitos humanos incluem direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e de desenvolvimento.
Os direitos civis e políticos incluem os direitos:
Os direitos econômicos, sociais e culturais incluem os direitos:
Os direitos de desenvolvimento são os direitos das nações:
Estes direitos acham-se definidos em muitos documentos internacionais de direitos humanos. Eles se aplicam a todos os indivíduos, independentemente de sexo, raça, língua, religião ou deficiência física, mental, sensorial, etc).
Estes são os nossos direitos.
Precisamos fazer com que eles sejam respeitados.
Direitos Humanos. Conheça-os. Exija-os.
(Lema da Conferência Mundial de Direitos Humanos, Viena, Áustria, junho de 1993).
Existem vários documentos internacionais específicos para pessoas deficientes:
As duas declarações definem os nossos direitos:
O Programa Mundial de Ações relativo a Pessoas com Deficiência é o documento da ONU sobre política na questão da deficiência.
Os efeitos do Programa Mundial de Ação são:
O objetivo principal do Dia Internacional é o de conscientizar a população a respeito das questões relacionadas à deficiência. Uma das maneiras mais simples de fazer isso consiste em falar com as pessoas. Conversando com alguém sobre vocês – o seu dia-a-dia, os seus pensamentos e sentimentos – vocês facilitam a compreensão dele a seu respeito. Se cada um de nós falar às pessoas a respeito de como a sociedade nos incapacita, nós poderemos avançar muito na direção da conscientização e da mudança de atitudes sobre a deficiência.
Para ajudar a mudar atitudes, é também importante juntarmo-nos a outras pessoas deficientes. Organizando eventos aos quais a comunidade local seja convidada, apareceremos como participantes ativos na sociedade — com idéias, habilidades, necessidades e direitos.
É muito importante certificarmo-nos de que o nosso Dia não seja utilizado como uma ocasião que reforce estereótipos tradicionais (pessoas deficientes tidas como passivos alvos da caridade e da ajuda). Muitos de nós estamos habituados a ter a maior parte de nossa vida controlada por outras pessoas. Precisamos não permitir que isso continue assim. Nós precisamos assumir o controle do nosso Dia. Apenas as pessoas portadoras de deficiência devem decidir como celebrar o Dia Internacional. Organizações não governamentais internacionais concordaram que a ênfase do Dia Internacional deva ser em direitos humanos, não em caridade, e isso foi apoiado em resolução da ONU.
Juntem-se a outras pessoas com deficiência. Envolvam formuladores de políticas, profissionais e a mídia.
Tornem públicas as questões e soluções relativas a deficiência
Apontem como as mudanças beneficiarão a todos.
Arranjem para que programas de rádio locais, com perguntas ao vivo pelo telefone, estimulem a comunidade a debater sobre as questões da deficiência, mudar visões estereotipadas sobre pessoas deficientes e promover soluções que beneficiem a todos.
Programas de TV, tais como os noticiários e os talk shows, poderiam ser apresentados por pessoa deficiente, no próprio Dia. Pequenas alterações na rotina podem ter um imenso impacto.
Poderia uma autoridade local encomendar um trabalho artístico de uma pessoa deficiente para celebrar o Dia?
Que tal umas preleções a cargo de pessoas deficientes em locais religiosos na semana do dia 3 de dezembro?
Anunciem uma vigília de 24 horas (encontro para meditação em ambiente calmo e silencioso) dentro de um edifício público. Convidem o povo a comparecer e lá permanecer por algumas horas e talvez assinar uma Moção de Compromisso ao Programa Mundial de Ação relativo a Pessoa com Deficiência. (Peçam um exemplar da moção à Disability Awareness in Action (DAA), 11 Belgrave Road, London SW1V 1RB, Grã-Betanha)
Talvez vocês possam conseguir, a preço reduzido ou sem custo, um anúncio sobre o Dia Internacional em jornais locais.
Em algumas partes do mundo, o dia 3 de dezembro será provavelmente um bom dia para as pessoas estarem ao ar livre. Em outras partes, contudo, o dia poderá ser muito quente ou muito cinzento, frio, chuvoso ou com muita neve.
É importante pensar sobre isso quando planejar eventos. Se for inconveniente levar o público à rua devido à temperatura, então um evento abrigado será melhor. Pois é mais provável que as pessoas compareçam a uma reunião pública em recinto interno, talvez com bebidas quentes ou algo parecido.
Existem muitos eventos diferentes que podem divulgar o trabalho e comemorar o Dia Internacional – reuniões comunitárias, debates, desfiles, tribunais em recintos públicos, concertos, eventos desportivos e artísticos integrados, vigílias.
Se vocês forem organizar um evento, convidem um líder ou celebridade local para fazer a abertura oficial na condição de convidado de honra. Isto fará com que muitas pessoas se interessem pelo evento. Assim é mais provável que vocês conseguiram cobertura da mídia.
Vocês poderiam organizar uma sessão de leitura pública (simultaneamente com interpretação na língua de sinais) a ser feita por pessoas deficientes a respeito de experiências de vida, complementando o evento com exibição de filmes e vídeos. Dentre as pessoas que irão ler, devem ser incluídos homens e mulheres de diferentes idades, raças e tipos de deficiência.
Vocês podiam solicitar ao governador ou prefeito para assinar uma Moção de Compromisso ao Programa Mundial de Ação relativo a Pessoas com Deficiência (Um exemplar está disponível na DAA e na Disabled People International). Isto poderia ser combinado com uma vigília durante a qual a população da sua comunidade compareceria e assinaria a Moção de Compromisso.
Antes de convidar oficialmente o governador ou prefeito para assinar a moção, conversem com secretários estaduais ou municipais e funcionários públicos de alto escalão a fim de conseguir o apoio deles. Qualquer carta dirigida ao governador ou ao prefeito passa primeiro por funcionários de primeiro escalão.
Informem essas autoridades que outros governadores e prefeitos de outras partes do mundo assinaram moções semelhantes e que haverá reconhecimento internacional da assinatura deles na Assembléia Geral da Nações Unidas.
Vocês podem fazer uma demonstração pública das suas opiniões sobre a questão da deficiência para marcar o Dia Internacional. Ela pode consistir de uma passeata ao longo de uma avenida principal da cidade, ostentando faixas e bandeiras feitas em casa para que os transeuntes possam ver quais são as questões. Este tipo de ato precisa ser cuidadosamente planejado para que ocorra bem e com segurança. Vocês necessitam:
Qualquer que seja o evento, a publicidade é vital para que as pessoas portadoras de deficiência e outras saibam o que está acontecendo
Elaborem folhetos com a programação do evento e distribuam cópias em locais onde as pessoas deficientes possam vê-las.
Escrevam uma carta para a coluna de leitores de jornais locais convidando pessoas deficientes a comparecerem ao evento.
Anunciem o evento nas emissoras de rádio locais.
Uma das formas mais rápidas e eficazes de conscientizar as pessoas sobre a questão da deficiência é a mídia. Através de jornais, revistas, rádio e televisão, nós podemos fazer com que as pessoas saibam a respeito desta questão, do Dia Internacional e de nossos eventos.
Tentem saber quem é quem na mídia, lendo jornais, ouvindo programas de rádio, perguntando às pessoas.
Procurem identificar quais jornalistas e produtores de programas vocês poderiam abordar.
Enviem press releases (materiais e boletins informativos) para jornais e emissoras de rádio e televisão, fazendo-os chegar pelo menos três dias (mas de preferência uma semana antes do evento planejado). Certifique-se de que a mídia compreende a importância do Dia Internacional e de que o Dia foi proclamado pela ONU e está sendo celebrado em todo o mundo. O Dia Internacional não consta ainda do calendário regular de eventos, calendário esse que ajuda os profissionais da mídia a planejar matérias ao longo do ano. Portanto, precisamos envidar um grande esforço nos primeiros anos para implementar o Dia.
Se vocês estão concentrados na mídia local, forneçam aos jornalistas de rádio, televisão e imprensa escrita casos de discriminação ocorridos localmente. Por exemplo, lojas inacessíveis, pessoas impedidas de entrarem em restaurantes, cinemas, empregos e escolas. Uma história pessoal sempre sensibiliza a mídia.
Contudo, devemos relembrar que as imagens estereotipadas tradicionais a respeito da pessoa deficiente têm sido uma importante barreira contra a compreensão das questões da deficiência por parte do grande público e dos formuladores de políticas
LEMBRETE
Sempre que vocês lidarem com jornalistas, estimule-os a focalizar os problemas e soluções sociais e não os individuais — não nas deficiências e sim nas barreiras sociais que impossibilitam a participação das pessoas deficientes.
Transformem em temas os obstáculos e discriminações que as pessoas com deficiência enfrentam no dia-a-dia: barreiras arquitetônicas e de comunicação e atitudes da sociedade para com as deficiências.
Direitos, não a caridade.
Respeito, não a piedade
Palavras e fotos: imagens da deficiência
Surgiram estas diretrizes aos profissionais da mídia:
Usem palavras que enfatizem igualdade e participação ativa.
Evitem linguagem que nos retrate como indivíduos trágicos ou vítimas dignas de piedade, necessitando caridade e desesperados em busca de cura.
As pessoas deficientes devem falar por si mesmas e atuar como apresentadores de programas.
Programas de televisão devem ter legendas para alcançar pessoas surdas. Façam com que as mensagens principais sejam audíveis para pessoas com deficiência visual.
Mostrem pessoas deficientes portadores de uma ampla gama de interesses, habilidades e estilos de vida. Mostrem homens e mulheres, de todas as idades e características raciais e com deficiências diversas.
Não empreguem atores ou atrizes sem deficiência para desempenharem papéis de pessoas deficientes em filmes de cinema ou na televisão.
Certifique-se de que as pessoas portadoras de deficiência sejam retratadas da mesma forma que as pessoas não deficientes.
Procurem assegurar-se de que todas as publicações e apresentações relativas ao Dia Internacional estejam disponíveis a toda a população —incluindo pessoas com deficiência visual, auditiva ou mental.
Isto pode tornar-se dispendioso, mas existem maneiras de fazê-lo a custo baixo — emprestando equipamentos, contando com voluntários ou obtendo patrocinadores.
O material escrito deve estar disponível em grandes caracteres: pelo menos no tamanho 16 ou 18.
Em fitas de áudio e vídeo: quando gravarem, falem com clareza. Tentem fazer com que aquilo que vocês disserem fique interessante. Incluam títulos e cabeçalhos, descrevam as imagens e certifiquem-se de que quaisquer números, tais como estatísticas, sejam apresentados com bastante clareza.
Em braile. Uma organização de ou para pessoas cegas saberá quem pode fazer isto para vocês.
Escrevam em linguagem simples, sem os desnecessários palavreados longos. As imagens também podem ajudar a explicar.
Em reuniões ou eventos, apresentem ou distribuam material impresso, mas ao mesmo tempo leiam-no em voz alta.
Quando falarem com alguém que tenha deficiência auditiva:
Certifique-se de que a iluminação é suficiente para que os rostos de oradores e intérpretes possam ser vistos.
Considerem o acesso físico. Vocês necessitam rampas? Os sanitários são acessíveis? Alguém tem qualquer outra necessidade, por exemplo, uma tomada para o aparelho de respirar?
Procurem assegurar-se de que as salas e outros locais de reunião sejam declarados áreas para não fumantes, pelo menos durante o Dia Internacional. Muitas pessoas são seriamente prejudicadas pela fumaça, o que torna mais graves as suas deficiências.
Se vocês fumam, lembre-se de que ao fumarem vocês estão excluindo alguém da participação em reuniões. Todos nós sabemos o que isso significa.
Talvez uma sala possa ser reservada para os fumantes, se isso for absolutamente necessário.
É importante que a sua organização defina as violações.
Se um usuário de cadeira de rodas deseja comparecer a um evento público (social, cultural ou político) e ele não puder adentrar o local do evento porque o edifício não é acessível, um direito dele enquanto cidadão foi violado.
Uma pessoa cega, interessada em participar de um debate público mas sem acesso visual a um jornal no qual se baseiam as discussões, está em situação semelhante.
A institucionalização é uma das formas mais graves e comuns de exclusão e violação. A liberdade de associação fica limitada. A privacidade não existe. Freqüentemente as pessoas são impedidas de casar, ter filhos e votar. Em muitos casos, a institucionalização, nas palavras de muitos documentos internacionais de direitos humanos, configura um "tratamento cruel, desumano e degradante".
Áreas para serem checadas:
Moradia. Existem casos acessíveis em quantidade suficiente?
Transporte. As pessoas deficientes conseguem entrar nos veículos e instalar-se livremente?
Educação. Todas as escolas locais são acessíveis?
Emprego. Os principais locais de trabalho são acessíveis?
Como são as atitudes dos empregadores? Os salários são os mesmos dos trabalhadores não deficientes?
Edifícios públicos. São acessíveis os prédios municipais, restaurantes, cinemas, teatro, bibliotecas, hotéis e recintos desportivos?
Atitudes. O que os lojistas locais, lideres religiosos, crianças, professores, políticos e profissionais da mídia pensam sobre pessoas deficientes? Como eles definem a deficiência?
É importante conhecer a situação antes de tentar mudar as coisas. Quanto mais vocês puderem descobrir – fatos e números – melhor para suas campanhas.
Existem 500 milhões de pessoas deficientes no mundo – um décimo da raça humana. E 80% das pessoas com deficiência vivem em países em desenvolvimento. Um terço desses 80% é composto de crianças. Nos países em desenvolvimento, 80% das pessoas portadoras de deficiência vivem em zonas rurais.
Em todas as partes, pessoas deficientes estão entre os mais pobres dos pobres. A elas são negados o acesso a edifícios, a informação, a independência, oportunidades, a escolha de opções e o controle sobre a própria vida.
Estima-se que está entre 85 a 114 milhões o número de mulheres e meninas submetidas à mutilação genital, o que pode levar à deficiências severas, à infertilidade e até a morte. A cada dia, pelo menos 6.000 meninas correm esse risco.
Em alguns países, 90% das crianças deficientes não sobreviverão além dos 20 anos de idade e 90% das crianças com deficiência mental não sobreviverão além dos 5 anos de idade.
A Organização Mundial de Saúde estima que 98% das pessoas deficientes em países em desenvolvimento são totalmente negligenciados. A maioria dos países não possui sistema gratuito de cuidados médicos ou de seguridade social.
60% das pessoas deficientes americanas, canadenses e britânicas têm renda a baixo da linha da pobreza.
Em países em desenvolvimento, é extremamente improvável que as crianças deficientes recebam educação e mais tarde encontrem emprego.
Em países desenvolvidos, a maioria das crianças deficientes recebe educação segregada e de nível acadêmico abaixo do nível alcançado nas escolas comuns, e tem probabilidade duas vezes maior de ficar desempregada na idade adulta.
De acordo com a Organização Mundial do Trabalho, a taxa de desemprego entre as pessoas com deficiência é de 2 ou 3 vezes mais alta do que entre as pessoas sem deficiência.
Nenhum país possui sistemas de transporte plenamente acessíveis e apenas alguns países aprovaram leis pertinentes a logradouros públicos acessíveis.
Em muitos países, pessoas deficientes não podem votar, casar ou herdar propriedades. Às vezes, pessoas que não conseguem expressar-se oralmente ou por escrito são consideradas legalmente incapazes, embora existam outros meios de comunicação, como por exemplo a língua de sinais.
Em alguns países da América Latina, pessoas cegas não podem votar ou se candidatar à eleição, sob a alegação de que é difícil para elas votarem com responsabilidade ou guardarem o segredo do voto.
A deficiência é particularmente prejudicial para mulheres, crianças, negros, idosos, refugiados e outros grupos que experienciam a discriminação. Estas pessoas experienciam discriminação dupla ou até tripla.
Abaixo encontram-se alguns detalhes específicos de violação. Todavia, deve ficar enfatizado que nenhum país em todo mundo apóia plenamente os direitos humanos das pessoas com deficiência.
No final do ano de 1990, pelo menos 50.000 afeganes tiveram um ou mais membros amputados. Cerca de 40.000 afeganes receberam membros artificiais e outros 7.500 estão na lista de espera. Dezenas de milhões de outros afeganes tiveram lesões, tais como a perda de visão ou audição e lesão cerebral. O Afeganistão registra um alto índice de lesões devidas a doenças, guerras e acidentes e falta de serviços de cuidados básicos de saúde. O trauma de uma guerra, prolongada atinge inevitavelmente a saúde mental dos habitantes.
Instituições residenciais para pessoas deficientes foram alvo de bombas incendiárias. Pessoas com deficiência foram expulsas das praias do Mar Norte. Crianças com deficiência têm sido impedidas de participar de vagas escolares. Recentemente, um homem idoso portador de cegueira foi brutalmente espancado e morreu a caminho do hospital. Crianças com deficiência auditiva, em idade escolar, foram barbaramente espancadas por desordeiros que as viram usando a língua de sinais.
Usuários de cadeira de rodas foram alvo de cuspidas e espancamentos e ouviram o aviso: "Na época de Hitler vocês seriam enviados à câmara de gás." O aviso fazia sentido: "A Solução Final" significava a morte de milhares de pessoas deficientes.
Três pessoas com deficiências foram mortas e outras 10 a 15 pessoas deficientes ficaram feridas. Cerca de 30 pessoas foram detidas, incluindo 2 em cadeira de rodas que foram arrastadas ao longo das ruas pela polícia.
Na Grã-Bretanha, de cada 10 pessoas, uma é deficiente e, no entanto, os portadores de deficiência compreendem apenas 0,3% de toda a população universitária.
Um outro caso, o do Instituto Daphne, pode ser até pior. Mas o acesso ao caso foi proibido.
A legislação tutelar assegura que pessoas que deixam o hospital sejam controladas pelo resto da vida. O egresso permanece sob a responsabilidade legal da própria família ou da prefeitura local.
A discriminação no emprego é quase total para egressos psiquiátricos e leis nacionais os impedem de exercer ocupações na medicina e como cabeleireiros. Algumas províncias têm regulamentos de utilizar banheiros públicos e outros edifícios públicos.
Uma lista mais completa de endereços internacionais e regionais está disponível na DAA e no PRODEF.
Em novembro de 1994, a convite do prof. Adail Vettorazzo, Secretario Municipal da Família e Bem Estar Social (FABES) da Prefeitura de São Paulo, esteve na Capital paulista o sr. Mamadou Barry, Chefe da Disabled Persons Unit da Divisão de Política e Desenvolvimento social da ONU, com a finalidade de proferir a Palestra Magna de Abertura do I Simpósio de Equiparação de Oportunidades para pessoas com Deficiência – I SIMPEQ.
Nessa mesma ocasião, ao tomar conhecimento dos objetivos do PRODEF – Programa de Atendimento aos Portadores de Deficiência da FABES, o sr Mamadou Barry mencionou a existência do documento "Information Kit to Suport the International Day of Disabled Persons: 3 December, a Day to Promote the Human Rights of All Disabled People". Em seguida , o PRODEF solicitou ao Centro de Informações das Nações Unidas um exemplar desse documento, no que foi atendido de imediato.
Dada a extrema utilidade do documento, o PRODEF escreveu à Disability Awareness in Action (DAA) responsável pela edição do documento, solicitando autorização para fazer a tradução do mesmo para a língua portuguesa. E, ao mesmo tempo, enviou ao PRODEF dez exemplares da edição em português, lamentando a impossibilidade de enviar outros exemplares mas deixando a critério do PRODEF uma solução para que o documento fosse disseminado um maior número de destinatário.
Na leitura do texto, porém, constatou-se que a tradução foi realizada na versão lusitana da língua portuguesa. Como se sabe, existe uma enorme diferença no significado de muitas palavras e expressões idiomáticas entre o português do Brasil e o português de Portugal. Existem também diferenças importantes no modo de grafar e acentuar palavras. E tudo isso contribui para desestimular a leitura do texto e/ou comprometer o entendimento por parte do leitor brasileiro.
Assim sendo, decidiu o PRODEF fazer uma tradução sua diretamente do texto original inglês. E para realizar essa tarefa, foi incumbido o sr Romeu Kazumi Sassaki, profissional com longa experiência em trabalhos de tradução no campo da deficiência.
Em seqüência o PRODEF procurou a ajuda da APADE, Associação de Pais e Amigos de Portadores de Deficiência da Eletropaulo no sentido de tornar realidade a publicação deste documento. A APADE, concordando com a importância da divulgação de tão importante texto, solicitou à alta direção da ELETROPAULO – Eletricidade de São Paulo S.A. que imprimisse o presente documento, no que foi prontamente atendida. A Secretaria Municipal da Família e Bem-Estar Social, da Prefeitura de São Paulo, por intermédio do PRODEF AGRADECE à Eletropaulo por esta valiosíssima colaboração e à APADE pela intercedência.
Quanto a observância do Dia Internacional das Pessoas com deficiência em nosso país, quatro fatos merecem registro.
Nota do Tradutor: Vocês podem saber mais sobre os direitos humanos através do Centro de Informação das Nações Unidas, com endereço no Palácio Itamaraty 196, Av Marechal Floriano, 196, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20080-002, TEL. (021) 253-2211 e fax (021) 233-5753. Ou contatando a Disabled Persons Unit, Room DC2-1302, DSPD/DPCSD, 2 United Nations Plaza, New York, NY 10017, EUA, tel. (212) 963-3897 e fax (212) 963-3062.
Trechos de alguns documentos sobre direitos humanos de relevância particular para pessoas deficientes encontram-se na publicação Consultation and Influence, edição nº 2 da série DAA Resource Kit (Disponível em inglês ou espanhol no endereço da Disability Awareness in Action.
Fonte: SICORDE
2/12/2009
Sapucaia do Sul – A Prefeitura de Sapucaia do Sul adquiriu, no mês de novembro, 298 novos equipamentos de informática. A licitação para a compra foi realizada por meio do Pregão Eletrônico. Foram adquiridos 117 desktops, 10 notebooks, 10 impressoras laser, 50 monitores internos de 17 polegadas, 15 estabilizadores, 95 computadores e um data show, da marca Hewlett-Packard - HP.
O investimento foi de cerca de R$ 715 mil. Os equipamentos têm garantia de três anos on-site e contemplarão todas as secretarias da Prefeitura e laboratórios de informática das Escolas Municipais. Os itens, segundo o secretário municipal de Administração, Álvaro Alencar, vão modernizar o sistema de informatização do Executivo, agilizando processos e democratizando o acesso à informação. “É impossível pensarmos em transparência de governo sem um sistema de informática que nos dê suporte para isso”, diz. Conforme o secretário, a meta é adquirir nesta gestão aproximadamente mil e duzentos computadores.
Alencar salienta ainda que cerca de 50 computadores antigos estão no Departamento de Informática da Prefeitura para atualização do hardware e que estarão disponíveis até o primeiro trimestre de 2010 nas secretarias e escolas da cidade.
FONTE: Luciano Rodrigues - (51) 92772358
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